terça-feira, 8 de maio de 2012

Parábola das coisas – o telefone


O telefone está definitiva e invariavelmente inserido em nossa realidade.  Parece que se tornou até bem de primeira necessidade (tenho lá minhas dúvidas!).  Telefone é aquele instrumento, aparelho, equipamento... coisa que serve para transformar a voz em impulsos e enviá-la a alguém distante, facilitando a comunicação.  Este é o conceito básico que não  mudou com o tempo, mas, vá lá! hoje também serve para um bocado de outros fins!
Pensando na vida cristã, tomando como ponto de partida o telefone, vem a sugestão do aparelho e seu uso como uma boa parábola para a oração.  A minha prece sobe aos céus quando ela é transformada em impulsos espirituais e chega ao trono da graça. 
Sim, concordo que esta comparação não é nova; vários outros já disseram – ou cantaram – a mesma ideia antes de mim.  Só me permita partir deste ponto comum para propor uma nova leitura da parábola do telefone.  E como sei que o telefone é bastante conhecido de todos, não vou me ocupar em descrevê-lo ou classificá-lo, apenas usá-lo. 
Seja qual for o modelo ou tipo adotado, a função básica, que é permitir que o som da minha voz chegue a distâncias maiores que seu alcance físico, deve está presente, e sua qualidade é avaliada pela capacidade de transmitir com precisão e rapidez, mantendo as características originais de tonalidade, sotaque e intensidade, o que está sendo dito.  A boa oração faz o mesmo: leva todas as minha peculiaridades à presença divina.
Mas há uma diferenciação básica no modo como o aparelho funciona: os telefones podem ser fixos ou móveis.  As orações também podem ser fixas ou móveis.  E para esta distinção é que vou chamar a atenção nesta parábola.
Assim como o telefone, a oração pode ser fixa.  Ela funciona... e pode até ser muito útil.  Mas tem uma limitação óbvia e natural.  O telefone fixo, depende de estruturas como fiação, precisa estar ali para funcionar (eu disse que era óbvio!).
A oração fixa, também atinge seu objetivo – e algumas vezes com mais qualidade e eficiência que o móvel.  Mas ela precisa do lugar santo para funcionar.  Só em solo sagrado e no transcorrer das cerimônias de adoração é que funciona.  Uma oração assim carece de rituais para que leve minhas palavras ao destino.  Sem que certos modelos e exigências sejam atendidos, tal oração é vazia e inútil.
Mas há telefones móveis, como também orações móveis (oração celular!!!).  Este, por sua vez, funciona teoricamente em qualquer lugar e não está limitado por amarrações.  'Tá bom, eu sei que a qualidade muitas vezes deixa a desejar e interferências derrubam o sinal.
A vantagem da oração móvel é que posso levar sempre comigo, onde quer que eu vá posso saber que é possível falar, ser ouvido e – melhor – nada interfere no meu sinal ligado diretamente àquele que ouve o que digo.  Neste caso da oração celular, contudo, é bem verdade que é indispensável estar na área de cobertura do Altíssimo.
E para terminar (afinal em telefone não se deve falar muito), quero só lembrar que seja qual for o telefone que você esteja usando, fixo ou móvel, no templo ou na rua, com rituais sagrados ou na mais sincera espontaneidade, tenha certeza, que o Senhor Jesus atenderá sua ligação.

2 comentários:

  1. Amei a metáfora do celular. Sempre com bons textos né meu pastor?

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    1. Valeu, Priscylla. Fico contente em saber que você está gostando dos textos. A glória seja toda a Deus.
      Um abraço.

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