sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A ÚLTIMA CEIA


Em três versículos, Lucas introduz o tema da celebração da última Ceia entre Jesus e os seus discípulos (toda a narrativa da última Ceia está em Lc 22:7-23 e os versos em destaque são do 14 a 16).  Nestes versos o evangelista parece captar algumas lições preciosas daquilo que o Mestre estava realizando com o seu círculo mais próximo.
Eu lhe convido então a ler comigo estes três versículos para buscar entender porque eu gosto tanto desta celebração na vida cristã.
No verso 14 eu leio: "quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa".  Comer e beber desta Ceia foi a celebração de um momento de intimidade entre Jesus e seus seguidores.  Estavam todos ali reclinados à mesa desfrutando da companhia uns dos outros e da maravilhosa presença do Mestre.  Ninguém deve cear sozinho e naquele salão mobiliado eles celebravam o fato de estarem juntos.
Expandindo esta ideia, observo também a mesa como significando estarem todos compartilhando de uma singular igualdade.  Mesmo que a imagem que você forme em sua mente daquele episódio seja a pintura de Leonardo da Vinci (penso que não tinha toda aquela pompa), você vai concordar comigo: ao se reclinarem juntos, os discípulos assumiam que entre eles não havia hierarquia formal.
A partir do verso 15 Jesus começou a falar: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer".  É como se Jesus estivesse dizendo que estava completamente tomado pelo desejo de que esta Páscoa fosse comida entre eles.  A vontade soberana de Deus era partilhar daquela passagem com seu povo.
Em outras palavras, entendo como se Jesus nos estivesse dizendo claramente que a celebração de sua Paixão – aqui antecipada na Ceia – era parte do seu desejo especial.  Alguma coisa moveu o Senhor a deixar sua glória eterna e vir me resgatar, e isto foi seu desejo desde sempre.  E nas palavras daquela celebração me sinto tocado pela transpiração da paixão divina.
E no verso 16 Jesus completou: "... não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus".  Com isto Cristo dá a entender que aquilo que eles estavam celebrando era apenas o provisório, enquanto se aguarda o definitivo que haverá de se manifestar: o Reino de Deus.  Nos elementos ali presentes estava a declaração de fé e certeza do estabelecimento do reino e domínio eterno.
O Mestre instruiu a celebrar o passado como quem anuncia o futuro.  Não como saudade ou nostalgia vazia, mas como quem, com ousadia, anuncia a antecipação da superprodução – o trailer de um verdadeiro blockbuster, para usar a moderna linguagem cinematográfica – que tem o próprio Cristo como produtor, realizador e personagem principal e do qual também faremos parte.
Assim Jesus Cristo celebrou com os seus discípulos, logo antes de completar a sua missão, em comunidade, desejando que seu gesto fosse repetido pela igreja, celebrando-o e anunciando-o. Assim, verdadeiramente gosto e me realizo quando o faço em minha comunidade de fé.  Celebremo-lo desta forma.

3 comentários:

  1. ESTÁ TUDO PRONTO PARA TERMOS O SENHOR CELEBRANDO A CEIA EM NOSSO MEIO DIA 13. BEM COMO TRAZENDO A PALAVRA DE DEUS AOS NOSSOS CORAÇÕES.
    ATÉ LÁ.
    PR. RENATO RAMALHO

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  2. Bela reflexão do post pastor , que Deus continue abençoando a tua vida e teu ministério.

    Estou seguindo o seu blog , estarei sempre comentando .

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    "O que significa chamar a Deus de Pai Nosso?"
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  3. Esperando novas atualizações .
    Graça e paz
    Filipe Ivo

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    "Você sabe o que é temer a Deus?"
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