Iniciando o reinado de Dario, o profeta Daniel foi buscar nos livros o
registro daquilo que o Senhor já tinha falado aos profetas sobre as desolações
de Jerusalém (9.2).
Tendo entendido a situação do povo, segundo a leitura, Daniel logo se
voltou para o Senhor com orações, jejuns e quebrantamento (9.3).
Quando o homem de Deus conhece as palavras contidas na Lei e nos Profetas
e percebe a situação do seu povo, sua oração é correta e sincera. Assim,
Daniel, na sua oração: a. Começou reconhecendo a grandeza, fidelidade e
misericórdia de Deus (9.4); b. Confessou seus pecados e os do povo (v. 5,6); c.
Continuou insistindo na súplica por restauração, baseada nas ações do próprio
Deus (v. 7-18); e d). Clamou por perdão (v. 19).
Por crer que “ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia e o perdão”
(9.9) Daniel foi capaz de entregar sua súplica diante da face do Senhor
confiando que Deus atenderia e agiria sem tardar (v. 18).
E a resposta veio, junto com
toque de Gabriel – o homem da visão anterior (9.21). A sua instrução seria para
“dar sabedoria e entendimento” a Daniel (v. 22). E ainda uma palavra de
conforto com a afirmação de ser ele, o profeta, muito amado e que suas súplicas
já teriam sido ouvidas desde o princípio (v. 23).
Este foi o entendimento da visão. Se os anos de desolação, conforme
predito pelo profeta Jeremias, “durariam setenta anos” (9.2), então assim, no
entendimento do simbolismo numérico, setenta semanas estariam decretadas sobre
o povo (v. 24).
Nesse meio tempo, porém, enquanto as semanas estiverem acontecendo, rebeliões
e desgraças contra o povo ungido ainda haveriam de ocorrer (9.26). Pois, mesmo Jerusalém
sendo reedificada, esses seriam “tempos difíceis” (v. 25).
Daniel, contudo, deveria entender que a finalidade das setenta semanas
decretadas não seria trazer apenas desgraças, mas “para fazer cessar a
transgressão, para dar fim aos pecados e para expiar a iniquidade e trazer a
justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo”
(9.24).
Esse foi exatamente o teor da súplica do profeta Daniel ao ler as
Escrituras e comparar com a situação do seu povo: que o Senhor trouxesse
restauração.
(Da
revista “COMPROMISSO” – Convicção Editora – Ano CXVII – nº 468)
Leia mais sobre AS VISÕES DE DANIEL –
1ª visão – link
2ª visão – link
4ª visão – link
O destino da Pérsia – link
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