No final do Século VI a.C., a ascensão do Império
Babilônico derrubou o Reino de Judá e dominou toda a região. Cinco
anos depois da primeira leva, Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, iniciou seu
ministério profético com uma bela visão da Glória de Javé nas margens do rio
Quebar onde estava exilado.
E o que impulsionou o profeta-sacerdote Ezequiel a
cumprir fielmente a missão que lhe foi imposta foi uma firme convicção de
possuir a Palavra de Deus viva e eficaz em sua boca.
A cidade haverá de cair – esta foi a ênfase
da mensagem do profeta até que sua profecia finalmente se cumpriu em 587
a.C.
Depois da queda, porém, ele ainda retomou a ênfase
e voltou a falar da ruína de Jerusalém, só que então a tonalidade foi outra: o
mesmo Deus que pode destruir é o mesmo Deus que sempre está pronto para
reconstruir, e assim se faria com Jerusalém.
Finalmente a Glória de Javé voltou ao Templo, e em
sua conclusão apocalíptica do livro Ezequiel continuou trazendo uma mensagem e
um desafio bem vivos.
Nem as adversidades do exílio, nem a aparente
incompatibilidade das funções sacerdotais e proféticas, nem o descrédito do povo,
nada conseguiu afastar o homem Ezequiel de seu alvo, seu objetivo.
Este é o principal desafio que ele lança a nós,
cristãos do século XXI. Devemos ter em mente sempre a ideia de que o
Deus que em seu zelo traz punição é principalmente movido para restaurar seu
povo, e o faz por amor de seu nome.
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