sexta-feira, 5 de novembro de 2021

A ORAÇÃO DE JESUS


O capítulo dezessete do Evangelho de João é o registro de uma oração profunda de Jesus – a Oração Sacerdotal.  Leia comigo essa oração:

 

Jesus começou orando, fazendo uma espécie de relatório resumido de seu ministério.  Ele recebeu autoridade diretamente do Pai e cumpriu de maneira fiel todo o plano traçado.  Com o seu ministério Jesus ofereceu oportunidade de vida eterna a todos os homens dando a conhecer o Pai (leia Jo 17:2-3).

Naquele momento, tendo consciência de que o caminho da cruz havia chegado, Jesus rogou para que o suplício adiante não fosse a demonstração ou marca de dor, perda e derrota, mas sim um momento e situação de exaltação e glorificação do Filho.

Assim, Jesus pediu que, naquilo tudo, ele pudesse retomar a sua glória original e que a morte não a ofuscasse (leia Jo 17:5 e compare com Jo 1:14).

 

Depois deste primeiro momento de oração, Jesus passou a interceder pelo grupo de discípulos mais achegados a ele.  Ele tinha convivido com aqueles homens durante os três anos de seu ministério e agora estava partindo.  Era preciso pedir em especial por eles.

Enquanto os discípulos poderam contar com a presença física de Jesus entre eles, estavam amparados (confira Jo 17:12).  Só que este tempo estava se findando.  Então, para que a alegria de Cristo estivesse completa – como ele mesmo diz – ele pede basicamente três coisas em relação àquele grupo:

Primeiro. Mantenha-os unidos (v. 11).  Somente na força do amor brotado da união entre eles é que poderiam enfrentar e vencer os embates que viriam pela frente.

Segundo.  Guarda-os (v. 15). Por viverem fisicamente em meio a um mundo hostil, aqueles discípulos precisavam que fossem guardados do mal.

Terceiro.  Santifica-os (v. 17).  Isto foi o que Jesus se empenhou em fazer durante todo o seu ministério, agora o Pai completaria a obra.

 

Tendo rogado pelo seu grupo mais íntimo, Jesus Cristo entendeu que sua súplica deveria ser estendida a todos os que, depois daqueles, haveriam de vir a crer nele por intermédio da palavra a testemunho deles (confira Jo 17:20).

Mais uma vez é pela unidade do grupo que Jesus ora:  a fim de que todos sejam um (v. 21).  E mais, o padrão continua sendo a unidade divina que há entre o Pai e o Filho.

O Mestre entendia que o perfeito relacionamento que sempre existiu entre as figuras divinas, deveria ser o modelo e padrão para a unidade entre os que cressem em sua palavra. 

Então Jesus não somente apresentou o exemplo, ele entendeu que deveria haver uma intervenção do Pai naquele grupo para que a unidade fosse preservada. 

E assim ele orou.

 

(Na imagem lá em cima o interior da Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche – Berlin / Alemanha)

2 comentários:

  1. Boa noite pastor, como se dá esse libra do mal, uma vez que foram todos martilizados com Mortes de crueldades

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    1. Boa tarde querido.
      No verso 15 dessa oração Jesus pede ao Pai que livre os seus discípulos do mal.
      Uma opção de tradução que talvez ajude a compreender o teor do pedido de Jesus pode ser:
      UMA VEZ QUE ELES TÊM QUE VIVER NO MEIO DESSE MUNDO QUE JAZ NO MALIGNO - E QUE OS ODEIA - ENTÃO QUE OS GUARDE DO PIOR.
      Jesus sempre reconheceu que haveríamos de viver em meio a um mundo que se opõe aos valores do Reino que abraçamos. Mas em sua Oração Sacerdotal ele suplicou ao Pai que garantisse que nada nesse tempo presente nos afastasse da glória que em nós há de ser revelada.
      A estrada é estreita e dura, mas não estamos sós. E o principal: a chegada vale a pena!
      E ele cumpriu tudo que garantiu. Aleluias!

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