A adoração a Deus é parte integrante da vida de qualquer cristão autêntico. Ele precisa viver a todo e qualquer momento em espírito de devoção, piedade e reverência diante do seu Senhor (veja o que diz o Sl 34:1).
Mas, por outro lado, mesmo que o louvor seja constante, isso não invalida a verdade que a vida do cristão nesse mundo está pontilhada de batalhas, lutas e aperreios. Jesus já havia predito isso (registrado em Jo 16:33).
Então, vamos juntar essas duas realidades para responder à questão: se a adoração é um imperativo e as batalhas inevitáveis, quando devo louvar a Deus?
E das páginas sagradas vamos buscar as respostas.
* Antes da batalha –
Em um pequeno versículo e que fica quase escondido no meio da narração, Mateus nos conta que depois da última celebração pascoal e antes de sair para o Getsemani, Jesus cantou um hino com seus discípulos (o verso é Mt 26:30).
O texto é belo, simples e solene. Não há extravagâncias, nem arroubos. Jesus sabe que dali ele enfrentaria a maior de todas as batalhas que lhes estavam reservadas e ele prepara seu espírito para o enfrentamento com serenidade e confiança.
Antes da batalha o louvor coloca em ordem o espírito, traz à alma resolução, coragem e limpidez, mas principalmente faz aflorar um ânimo de dependência e submissão àquele que sempre segue em triunfo.
Quando louvar a Deus? Quando a batalha se avizinha de minha vida.
* Durante da batalha –
Lucas conta que, mesmo presos por fazer o bem a uma jovem, Paulo e Silas cantavam e louvavam a Deus em pleno cárcere durante as horas da noite. Essa é daquelas histórias que parecem absurdas na Bíblia (a narração toda está em At 16 – e o verso em destaque é o 31).
As circunstâncias não determinaram as atitudes dos prisioneiros. Os servos de Cristo vivenciavam as piores condições possíveis, mas foi em meio à batalha que o louvor aflorou em seus lábios. Independente do que os levou àquelas condições, do quão intensas sejam as dores e de que desfechos os esperavam, louvar a Deus era uma atitude indubitável.
Enquanto as lutas estão sendo travadas, o louvor e a adoração colocam o meu foco no que realmente importa: aquele que tudo pode e cujos planos nunca são frustrados.
Quando louvar a Deus? Quando a batalha está acontecendo em minha vida.
* Depois da vitória –
Agora vou citar dois episódios. Depois que saiu da batalha do diluvio, Noé ofereceu a Deus um sacrifício de louvor e gratidão (leia em Gn 20-21). Depois que atravessaram o mar e viram os egípcios sucumbirem a ele, Moisés e Miriam aclamaram em adoração ao Senhor (em Êx 15).
Ao final do embate, antes que a adrenalina se arrefecesse, os patriarcas de Israel reconheceram que todo louvor deve ser dado ofertado e cantado ao Senhor que triunfou gloriosamente. Só ele é digno de receber os louros da conquista.
Ao final da peleja, o espírito de gratidão e adoração é humanamente nobre e nos faz aceitar que somente a ele pertence a vitória e a ele tem também que pertencer minhas intenções de celebração.
Quando louvar a Deus? Quando já há vitória e triunfo em minha vida.
Que possamos louvar a Deus em todo o tempo.
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