Ao celebrarmos
a Ceia do Senhor sou levado pelo Espírito a refletir sobre as implicações de
Jesus na cruz.  Isso deve trazer
significações e implicações da cruz de Cristo para minha vida cristã.  
São palavras
de Jesus: Qualquer que não tomar a sua
cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo (Lc 14:27).
Vamos pensar
um pouco: pode parecer loucura – e realmente o é – mas certamente o que Cristo
espera do seu discípulo é que, mesmo parecendo insanidade, tome a sua cruz, vá
com ele e não se envergonhe da caminhada (leia Lc 9:26).  
Sobre essa
loucura, também Paulo observou que a mensagem da cruz é escândalo para os judeus e loucura para os gregos (1Co 1:23).  Contudo o próprio Paulo soube encarnar o
evangelho sem se envergonhar dele (Rm 1:16). 
Assim, baseado
nos argumento do apóstolo, posso reconhecer que a cruz para mim é a afirmação
da loucura do mundo e da sabedoria de Deus.
Mas atente:
certamente esta loucura traz marcas: são as marcas do discipulado – do ir após
ele.  E elas devem estar embasadas na
cruz de Cristo (veja Gl 6:17).  Ou seja,
tomar a cruz para nós é a certeza de seguir a Jesus e ser seu discípulo.  
Observe que
Jesus chamou os seus discípulos simplesmente para ir após ele.  Logo, a cruz tomada por nós é o sinal de que
estamos indo atrás de Jesus – o que ele fez e faz nós fazemos também.  O destino e prioridades que Cristo deu a sua
vida, nós devemos dar também.  Isto é
tomar a cruz: isto é seguir a Jesus.
Porém é mais
que isso: não basta seguir-lhe o rastro apenas, é preciso pisar e caminhar em
suas próprias pegadas.  São as
implicações do que Cristo nos alertou de que tomar a cruz é negar-se a si mesmo (em Mt 16:24).  
Se o caminho
para o cristão proposto pelo Mestre é uma vida de negação e mortificação, então
a cruz deve significar para mim que toda minha, todos os meus diretos e
prerrogativas, todos os sonhos e anseios pessoais devem ser sacrificados no
altar de Deus como um holocausto santo para que eu possa seguir e me tornar seu
discípulo.
Essa é a
loucura da cruz: negar-se a própria vida e assumir a vida de Jesus em nós.  É essa troca insana que o Mestre nos
propõe.  Esse é o preço do
discipulado.  Mas ele faz valer a pena.
Que possamos
seguir a loucura da cruz.
 

 
 
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