O
último dos pensadores
é o alemão Karl Emil Maximilian Weber, mais conhecido como
Max
Weber
(1864-1920). Além de jurista, filósofo e economista, ele é
considerado um dos fundadores do estudo moderno da sociologia. Entre
suas principais obras consta: Economia
e Sociedade
(1920 – obra póstuma), A
Ciência como Vocação
(1917) e A
Política como Vocação
(1919).
Sobre
o tema da religião ele escreveu um livro especifico: A
Ética Protestante e o Espírito Capitalista,
publicado pela primeira vez em 1904 e revisado pelo próprio autor em
1920. Nesta obra ele aborda o tema da religião percebendo-a a
partir “das relações entre o moderno éthos
econômico e a ética racional do protestantismo ascético”, nas
palavras do próprio Weber.
Convém
frisar que, na compreensão de Weber há uma escala valorativa na
graduação religiosa, não da primitiva à mais evoluída como
entendia Durkheim, mas das mais simples – ou simplórias – às
mais elaboradas e sofisticadas. E como exemplo máximo de uma
manifestação religiosa completa, elaborada e que responde
adequadamente ao ser humano em seu atual estágio de evolução, ele
cita o protestantismo calvinista de tendência puritana como ele
conheceu no norte do Europa.
Abordando
esta manifestação religiosa como paradigma para a religião ideal,
Weber trata da relação entre as figuras do sacerdote que ele
considera como “aqueles funcionários profissionais que, por meios
de veneração, influenciam os deuses, em oposição aos magos, que
forçam os 'demônios' por meios mágicos”, e a figura do profeta
que seria “o portador de um carisma puramente pessoal, o qual em
virtude de sua missão, anuncia uma doutrina religiosa ou um
mandamento divino”.
Neste
sentido, o sacerdote e o profeta estão em oposição ao mago que,
não estando submetido a instituição alguma apenas busca manipular
as realidades espirituais em benefício próprio. Ou seja, a vocação
pessoal distingue o profeta do sacerdote, este representa a tradição
e aquele a ruptura, enquanto que o profeta “se distingue do mago
pelo fato de que anuncia revelações substanciais e que a substância
da sua missão não consiste em magia mas em doutrina ou mandamento”.
Então,
observando os papéis do sacerdote e do profeta como elementos
instigadores e necessários para uma correta religião que estimule a
ascese e a vida moralmente correta, ela poderia fornecer os elementos
de estabilização e ousadia adequado para estes tempos fluidos no
qual estamos vivendo.
Leia
ainda sobre Émile Durkheim e Karl Marx.
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