sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

COMO JESUS – por falar em discipulado


A Grande Comissão deixada por Jesus – e registrada por Mateus em Mt 28:19-20 – impõe claramente a responsabilidade de fazer discípulos.  Essa foi uma parte fundamental da missão do Mestre enquanto viveu aqui em homens e mulheres nessa Terra.  E foi isso que ele incumbiu de seus seguidores continuarem fazendo.
A frase é clássica mas continua verdadeira: para o discipulado é que fomos chamados.
Então, por falar em discipulado, vamos ver quatro atitudes costumeiras que me parecem fundamentais em como Jesus cuidou da mentoria (essa palavra está na moda!) e qualificou a sua equipe de elite.
E antes que me cobrem outra coisa: vou apenas, nestas linhas que seguem, tentar detectar sinais que apontem numa direção, o aprofundamento deve sair como consequências das próprias observações.
Em primeiro lugar Jesus andou com seus discípulos.  Ou penso que ficaria melhor dizer, ele caminhou, ou perambulou.  Todo o projeto de discipulado de Jesus não apenas começou em ele caminhar, e no trajeto encontrar seus seguidores (é assim mesmo que os Evangelhos narram o chamado ao discipulado em Mt 4:18-22 e Mc 1:16-20).  A partir daí, Jesus continuou andando e discipulando – uma coisa implicava na outra.
Foi enquanto andava que o Mestre encontrou um cego de nascença e, além de o curar, ensinou sobre a graça divina e a responsabilidade do discípulo diante dela (veja em Jo 9:11-7).  Andando Jesus explicou e aprofundou seus ensinamentos (como em Mt 13:10-11).  Ainda andando ele avaliou a fé e o discernimento dos seus seguidores (leia em Mt 16:13).
O discipulado se faz caminhando.
Jesus também contou histórias – estamos acostumados a chamá-las de parábolas.  E aqui as citações dos Evangelhos são inúmeras.  Desde as pequenas referências sobre o Reino de Deus (como Mc 4:30-32) até as grandes e conhecidas narrativas (quem não se lembra do filho pródigo em Lc 15:11-32!?).
O discipulado se faz contando casos.
Outro aspecto do que Jesus fez enquanto entre os seres humanos foi celebrar com eles suas datas e eventos.  Pode parecer um detalhe dispensável, mas é impressionante como os Evangelhos têm cuidado em situar o Mestre sempre em meio as celebrações do povo.  Foi numa celebração de casamento que Jesus operou seu primeiro milagre (João diz isso em Jo 2:1-12).  O Mestre estava lá enquanto o povo comungava, celebrava, velava seus mortos, sorria, chorava.
O discipulado se faz em meio a celebrações relevantes.
Em por fim, um quarto aspecto e que eu certamente jugo dos mais importantes.  O projeto de discipulado e mentoria de Jesus sempre se deu em meio a comida e bebida.  Alguns dos mais preciosos momentos e mais significativas lições se deram enquanto Jesus comia com os seus. 
Entre seus vários milagres, ele cuidou da bebida (já citei o primeiro milagre) e deu de comer às multidões (confira Mt 14:17 e 15:36).  Seus pés foram ungidos enquanto comia (leia em Jo 12:2-3).  A mulher siro-fenícia encontrou o que buscava ao se dispor a comer as migalhas da mesa do Mestre (em Mc 7:28).  Em Emaús, somente diante da comida é que os olhos dos discípulos foram abertos (em Lc 24:30-31).
E isso sem falar na própria Ceia instituída como uma refeição litúrgica a ser repetida e comida enquanto se celebra a vida e morte do Mestre (leia Mt 26:26).
O discipulado se faz adequadamente diante de uma mesa de refeição.
As instruções de Jesus são claras: “Assim como o Pai me enviou, eu os envio” (Jo 20:21).  Que o nosso discipulado também aconteça como o de Jesus: caminhando, contado histórias, celebrando e comendo.  Junto ao Mestre e para glória dele.

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