sexta-feira, 3 de junho de 2016

O CULTO COMO CONTRIÇÃO

Ó Senhor, dá palavras aos meus lábios,
e a minha boca anunciará o teu louvor.
Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado;
um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.
(Sl 51:15-17)
Já aprendemos que o Deus a quem cultuamos é inteiramente santo e que quando estamos em sua presença augusta os nossos pecados nos condenam.
E esta dimensão está presente no culto.  A certeza de estar diante de Deus nos dá a dimensão do nosso pecado: "Ai de mim!" (Is 6:5).  O culto nos impõe a certeza de que estamos condenados pelos nossos próprios pecados.  Cultuar implica em reconhecer os erros que cometemos diante de Deus e dos irmãos, sabemos que deles somos culpados e que eles nos levarão inevitavelmente à ruína e à derrota.
Mas, na presença de Deus há vida em abundância: "se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9).  O culto tem que ser o momento propício para confessarmos os nossos pecados diante de Deus.  Culto é confissão, arrependimento, quebrantamento do coração humano; e também é doação, graça, perdão e amor partindo do coração divino ao encontro da alma contrita e arrependida.  Culto é este momento onde meus pecados são deixados diante do altar de Deus para serem lavados pelo sangue do Cordeiro e deles já não se faça menção.  Culto é contrição e confissão que nos permite saborear da presença do Amado sem culpa.
Que realizemos nossas celebrações, cultuando a Deus com nossa contrição e arrependimento, para que ele habite entre nós com sua graça.

(do livro "No Baú da Adoração" publicado em 2004)

2 comentários:

  1. Está em extinção um coração contrito nos cultos de hoje não é mesmo? Mas misericordioso é o Senhor, razão de não sermos consumidos. Deus o abençoe! http://minhavidacontadaempoesia.com/

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    1. Graças a Deus que com sua misericórdia nos acolhe e lava todas as nossa transgressões.
      Abs.

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