Mais uma vez parado no trânsito em
Aracaju. Mais uma vez aqui, e não ali e
nem lá. Simplesmente parado aguardando
para poder continuar indo. Infelizmente
está virando rotina! Mas não vou usar deste espaço para reclamar: nem só
desconfio que não fará muita diferença como também vou acabar sendo chato.
Então só me resta olhar o mundo ao
meu redor, também para tentar me distrair – sempre há algo pra se ver.
E não é que eu me vejo parado
atrás desse aí! Qualquer descrição
escaparia ao inusitado da situação: "Deus
vende" (a foto está aí para mostrar). Vamos tentar. Ao que me parece tinha uma frase no vidro do
carro – acho que algo do tipo Deus é fiel
ou qualquer coisa parecida – então o cidadão decidiu vender o carro e colou o
anúncio por cima. E então ficou assim.
Sei lá, acho que foi assim...
Mas também vou deixar pra lá o
carro e seu adesivo – fique com o curioso – acho que cabe um kkkkkk bem ao estilo internet de
escrever.
E, parado olhando, a reflexão
começa a fluir. E é ela que deve nortear
essas linhas aqui.
A primeira coisa que me vem à
mente é a concepção de um Deus mercantilista, comerciante. A ideia a princípio já é estranha, mas
continuar estendendo o conceito só pode ficar pior: um Deus que troca e
barganha bens e valores.
— Misericórdia!!!
Sei que muitos púlpitos e mídias
têm trilhado perigosamente este atalho teológico. Não é novidade. E em nome de números do ibope eclesiástico
vai-se acomodando o teor do que se prega e mercadejando a doutrina.
Continuo refletindo e a Bíblia salta
necessariamente ao centro da reflexão. Ela
se impõe. Os textos começam a pipocar.
=> Jesus chama de ladrão e salteador quem não entra pela
porta mas toma um atalho para o rebanho (a expressão eu encontro em Jo 10:1) – suspeito!
=> Em Isaías eu leio o convite
divino a adquirir sem dinheiro e sem
preço vinho e leite (55:1) – acho que os britânicos diriam: amazing!
=> Na verdade, nós fomos
comprados por um preço caríssimo, o sangue precioso do Cordeiro (compare 1Co
6:20 com Ap 5:9) – acompanho o cântico eterno do Apocalipse.
=> A maior dádiva nos chega
como dom gratuito e não como recurso
de negociação (é indispensável considerar Rm 6:23) – está ficando cada vez
melhor.
=> Ainda mais um. Jesus desceu o chicote nos que estavam
transformando a Casa de Oração em mercado (relembre a narrativa em Jo 2:14-16)
– essa pesou!
É absurdo como alguém pode
associar o santo nome de Deus ao mercado e aos negócios (entendo que o terceiro
Mandamento se aplica aqui – Ex 20:7 e Dt 5:11).
Não tenho dúvida em afirmar que tratar os bens espirituais como
mercadoria ofende frontalmente a santidade de Deus.
Achou pouco? Aí vai mais.
Não se pode servir a Deus e ao dinheiro (é sério Mt 6:24). Estendo a interpretação deste texto como uma
alusão à própria idolatria. A visão mercantilista
da fé cristã é idolátrica. E ponto.
E antes que esqueça. Foi contra tais práticas que Lutero
empreendeu sua Reforma no século XVI. E
que bendita herança nos legou.
Pondo uma conclusão na reflexão. Talvez receando que piore mais. Pense.
Deus não vende suas boas dádivas
(Tg 1:17 merece decorar) – e muito menos se vende. E vou terminar com a citação fundamental.
Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu seu Filho
Unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna
(Jo 3:16).
Deus não vende, ele se dá por amor. Gloria pois a ele.
Você encontra textos como esse no livro PARÁBOLA DAS COISAS
Disponível no:
Clube de autores
Google Play
amazon.com
Conheça também
outros livros:
TU ÉS DIGNO – Uma leitura de Apocalipse
DE ADÃO ATÉ HOJE – Um estudo do Culto Cristão
E Verdade Deus não vende nada Ele se Deu totalmente pelo pecador Glória pois A Ele eternamente AMÉM
ResponderExcluirAmém!!!
ExcluirGlória a Deus.
Valeu Lady