Um dos
fatores principais para a compreensão global de texto aos Hebreus é a sua percepção
e como ele usa e entende os textos do
Antigo Testamento. Maneira esta que
parece destoar de todo o restante dos escritos do Novo Testamento.
A visão
peculiar e característica que Hebreus tem do AT começa pela forma própria de
suas citações. Usando sempre a LXX numa
versão similar ao Codex Alexelandrinus,
sem dar muita importância ao texto massorético, o autor introduz as citações de
maneira única no NT: "Deus (ou Cristo, ou ainda o Espírito) diz: ..."
mesmo quando o texto do AT se refere a Deus na terceira pessoa. Demonstrando que as palavras saíram
diretamente da boca divina. Com essa
fórmula introdutória – diferente da: "Está escrito..." mais comum no
restante do NT – o autor se libera para obter uma "nova compreensão da
Escritura a partir do discurso escatológico da parte de Deus através de Cristo"
(L. Goppelt).
Livre
desta forma, o autor segue um método exegético distinto do restante do NT não
vendo a relação AT-NT com uma relação apenas profecia-cumprimento mas sim um
diálogo com Deus falando a Cristo ou esse à igreja e esse e aquela respondendo
através dos próprios textos sagrados.
Mas tais associações não são feitas de modo aleatório. Segue algumas regras: a) aplicadas a Cristo
são as palavras sobre o rei de Israel (Sl 2 em Hb 1:5 e 5:5), sobre o caminho
do justo (Sl 22 em Hb 2:12), referente aos profetas (Sl 110 em Hb 1:10) e b) em
analogia, uma palavra dirigida a Israel é aplicada diretamente à igreja (Sl
95:7 em Hb 3:7).
Porém o
elemento mais importante para observação de como Hebreus vê o AT é a sua
tipologia. Com base na compreensão tipológica,
a migração israelita pelo deserto mostra-se com tipo para a situação atual da
igreja e o ato expiatório do sumo sacerdote no AT com modelo da obra e
sacrifício de Jesus. Para justificar
essa interpretação ele usa então um texto do próprio AT – compare Jr 31 com Hb
8:8). "Portanto não se trata de um
jogo alegórico com letras inspiradas mas do aproveitamento de uma relação entre
a ação de Deus na antiga e na nova aliança, relação esta instituída pelo próprio
Deus" (L. Goppelt).
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Conheça também
outros livros:
TU ÉS DIGNO – Uma leitura de Apocalipse
DE ADÃO ATÉ HOJE – Um estudo do Culto Cristão
PARÁBOLA DAS COISAS
Uau... Como é doce a palavra do Pai e como é bom saber que desde a fundação do mundo Ele tem cuidado de nós e que o seu amor nunca mudou. Maranata...
ResponderExcluirUau... Glória ao Deus que nos ama, se revela e fala conosco desde os tempos antigos e também nos tem se dado através de seu Filho.
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