Um homem e sua esposa tinham dois
filhos dos quais sentiam muito orgulho.
O mais velho arava a terra, plantava, colhia e tomava conta do
gado. Trabalhava desde a manhã até a noite. Certo dia, o filho mais novo disse ao pai:
"dá-me a parte do gado que me pertence.
Desejo dirigir a minha própria vida". O pai e a mãe discutiram sobre o que fazer e,
então, a mãe disse: "Dê a ele a parte que lhe cabe. Ele é suficientemente adulto. Devemos esperar e ver o que
acontece". O pai dividiu o gado e
entregou ao mais jovem a sua parte.
O filho mais novo arrebanhou o seu
gado, vendeu-o e recebeu muito dinheiro em troca. Então, foi para a cidade para gozar a
vida. Finalmente era dono de si mesmo! Passou uma temporada maravilhosa dançando nas
discotecas e gastando seu dinheiro com carros, aparelhos eletrônicos e
mulheres. Logo ele não tinha mais nem um
tostão. Foi, então, procurar trabalho,
mas ninguém o empregava. Ele ficou
sozinho. Não tinha um teto sobre sua
cabeça e, eventualmente, acabou dormindo na esquina coberto por jornais. Para aliviar sua fome, remexia as latas de
lixo.
Todos os dias, seu pai e sua mãe
continuavam à espreita para ver quando ele retornaria. Certo dia, eles o viram chegando, rasgado e
ferido. Ambos correram para
encontrá-lo. O filho mais novo
ajoelhou-se diante deles e disse que estava arrependido. O pai e a mãe lhe deram as boas-vindas e o
receberam de volta na cabana. Preparam
um deliciosa refeição e convidaram a vila inteira para a festa. O filho mais velho, então, ficou muito
bravo. Seu pai sai da aldeia e o
convidou para participar da festa. O
filho mais velho respondeu: "Você sabe quanto eu trabalhei para você todos
esses anos. Não pude ter uma festa para
todos os meus amigos. Mas agora meu
irmão voltou, depois de desperdiçar todo o nosso gado, e você para uma festa
para ele".
O pai o levou para a cabana onde
estava sua mãe e lhe disse: "Meu filho, você sempre esteve em casa
conosco. Mas seu irmão estava morto e
tornou a viver; estava perdido e foi encontrado".
(Esta versão foi contada por Paul John Isaak – da Namíbia / África – e eu a
encontrei no "Comentário Bíblico Africano", publicado em português
brasileiro em 2010).
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