terça-feira, 2 de agosto de 2011

FRUTO DO ESPÍRITO

Depois de refletir sobre cada um dos bagos da jaca do Espírito e como eles moldam nossa vida, quero aqui reproduzir um outro texto sobre o mesmo tema – Fruto do Espírito – que escrevi há mais de dois anos.  Em alguns pontos ele não segue a mesma linha das reflexões sobre a jaca, mas sei que isso não é um problema, pois a riqueza do texto sagrado é reconhecidamente grande para comportar mais de uma interpretação para a mesma figura e ainda assim permanecer relevante, fiel e honestamente bíblico.
Assim, deguste um pouco mais deste fruto.

A idéia de fruto sempre está associada à idéia de resultados.  E é com esta idéia que os conceitos bíblicos são aplicados: Somos instados a apresentar frutos de arrependimento (Lc 8:8), de justiça (Fl 1:11), para santificação (Rm 6:22); somos também conhecidos pelos frutos (Mt 7:20). 
Assim é que o texto de Gl 5:22-23 nos fala de Fruto do Espírito.  Ora, se fruto é resultado, então o Fruto do Espírito deve ser o resultado da presença e da ação do Espírito em nossa vida cristã.  Ou seja, o Fruto do Espírito é o que devemos apresentar em nossa vida por termos já experimentado a realidade espiritual em nossa vida: "se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gl 5:25).
Mas, que fruto seria este?  Como identificá-lo?  É o próprio texto aos gálatas que nos propõe a resposta.  O primeiro que é mencionada é o AMOR.  Muito mais que sentimento ou sensação, o amor que é Fruto do Espírito é aquilo que define o próprio Deus (veja 1Jo 4:8).  Deus provou ser amor em ter dado seu único Filho (Rm 5:8).  E note que é por isto que seremos conhecidos (Jo 13:35).
O segundo fruto é a ALEGRIA.  O crente frutifica no Espírito quando na sua alma há abundância de alegria (Sl 16:17).  Em diversos lugares o fiel é instruído pela Palavra de Deus a cantar e se jubilar de alegria (Sf 3:14).  Mesmo que haja infortúnios e transtornos, a vida no Espírito deve transbordar de alegria (Hc 3:17-18).
Também é fruto do Espírito a PAZ.  Ao partir Jesus nos prometeu que deixaria conosco a sua paz (Jo 14:27).  A paz que é Fruto do Espírito é este presente que Cristo deixou para nós: uma vida sem temor nem pavor.  Uma vida cristã frutífera é uma vida de tranquila serenidade em meio a este mundo de horrores.
O próximo aspecto do Fruto do Espírito é a FIDELIDADE.   Esta é a características do que é fiel ou confiável.  O crente que frutifica no Espírito deve ser digno de confiança.  Na carta aos filipenses Paulo se refere a Timóteo e a Epafrodito recomendando à igreja a "honrar sempre a homens como esses" (Fl 2:29).  Isto é fidelidade que advém do Espírito.  Somos reconhecidos pelo povo como homens e mulheres que merecem respeito e confiança naquilo que falamos e vivemos, pois há coerência e dignidade em nossa vida.
Ainda é Fruto do Espírito a MANSIDÃO.  Jesus se apresentou como sendo "manso e humilde de coração" (Mt 11:29).  Também o próprio Jesus chamou de bem-aventurados os mansos porque haveriam de herdar a terra (Mt 5:5).  Este é o caráter daquele de desenvolve o Fruto: sabe viver em mansidão e tranquilidade a vida que tem para levar, sem procurar querelas ou contendas.
Finalmente, neste texto o último Fruto do Espírito citado é a TEMPERANÇA – ou domínio próprio.  Ele é o resultado da ação do Espírito Santo em nossa vida dando-nos a capacidade de dominar nossos ímpetos e arroubos, levando uma vida controlada e segura.  O autocontrole do crente só apresenta resultados quando isto é obra do Espírito em sua vida.  E mais: em Mt 23:25 Jesus critica os fariseus associando a falta desta temperança à ação de aves de rapina. 
Terminando, gostaria de citar as palavras do Mestre: "Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça" (Jo 15:16).

2 comentários:

  1. é infelizmente hoje em dia achamos poucas pessoas dispostas a buscarem este dons, por isso vivemos neste mundo maluco e corrompido, ainda bem que existem pessoas comprometidas com a palavra de Deus, parabéns pelos textos.

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  2. Querido Vander,
    Uma coisa leva a outra. A falta de dons gera maluquice no mundo que por sua vez ressente-se da falta de dons. É a cobra engolindo o próprio rabo; daqui a pouco não tem mais nem cobra nem rabo! Mas graças a Deus que sempre podemos encontrar fieis no meio do povo de Deus que se comprometem com o Espírito e seu fruto, deixando-se dominar por ele.
    Um abraço.

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