Mexendo em alguns papeis antigos, encontrei um esboço da mensagem que preguei na aula de homilética no tempo de seminarista ainda lá em Recife (isso lá pelos anos de 1988, se não estiver enganado, e a nota que recebi por ele agora já não interessa mais). O tema é sobre "a Sião na qual Deus habita" baseado na profecia de Zacarias (Zc 8:1-6). Agora, passado todo este tempo, e tendo em mãos apenas o esboço com poucas referências – como continuo fazendo meus esboços – quero retomá-lo neste espaço.
Zacarias foi um profeta da reconstrução. Ele trabalhou no final do exílio babilônico (século V a.C.) e sua mensagem consistiu num chamado ao arrependimento e um novo despertamento para a reedificação nacional baseada em níveis mais justos e santos. Com esta configuração, Zacarias profetizou sobre tempos sombrios, crises, insuficiência humana, mas principalmente sobre esperança e confiança na obra do Senhor: quando o mundo se desconstroi, é preciso manter a esperança de que o Senhor vai intervir. Ele vai estabelecer uma cidade nova, a Sião na qual Deus habita.
1. Esta cidade leva os atributos divinos (Lv 26:12). É uma cidade fiel ou cidade da verdade (verso três) – o Deus verdadeiro e digno de nossa confiança imprime na cidade seu senso de justiça e equidade (Am 5:24). Também é um monte santo / sagrado (ainda verso três) – Ele mesmo exige e gera santidade no lugar onde habita (Lv 11:45).
2. A cidade será habitada por novos moradores (diferencie de Lm 1:1). Lá há velhos e velhas (verso quatro) – por causa da sua muita idade eles se sentam prazerosamente nas praças apenas para conversar e narrar as bênçãos do passado. Novamente haverá meninos e meninas (verso cinco) – crianças que brincam e criam uma nova realidade com seus folguedos (Mt 18:3).
3. Isto será realização da graça e não resultado das obras ou da Lei (importante lembrar que ainda estamos no AT). Impossível aos homens (verso seis) – a cruel impotência dos sonhos dos remanescentes. Possível a Deus (também verso seis) – é resultado da graça, dom, dádiva e presente de Deus (Lc 18:27).
Igualmente quando nos deparamos com este tempo presente e ainda nele, a concretização do Reino de Deus que almejamos já começa a despontar (Rm 8:23). Ele só será inteiramente real no futuro, mas eu já vivo hoje com se o tocasse. Por isso já gozo suas delícias. É como a mulher grávida: embora ela só poderá ter seu filho nos braços e embalá-lo no futuro, ela já pode agora antecipar suas alegrias.
Neste esboço simples – acrescentei apenas algumas palavras para fazer as frases mais fluidas e legíveis – quero deixar minha oração que o Senhor nos faça a cada dia mais grávidos do seu Reino. Para a glória dele.
meu caro, lembrar o que fizemos no passado causa em nós dois sentimentos: 1- de arrpendimento por ter deixado de fazer algumas coisas e de ter feito outras. 2- de certeza de que após algum tempo estávamos certos, pois outros pensam hoje igual a nós, o que nos dá a certeza de que não estávamos errados. Por fim digo que e lembrança nós dá a oportunidade de consertarmos o que fizemos de errado e de manter o que fizemos de certo.
ResponderExcluirabraços. Pr. Renato, seu aluno.
Querido Renato.
ResponderExcluirObrigado pelas suas palavras.
Um abraço