terça-feira, 26 de setembro de 2023

VERDADES SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS

 


Examinando as explanações do apóstolo Paulo nas suas cartas às Igrejas, quando ele tratou de instruir sobre o tema dos dons, pelo menos quatro verdades podem ser aprendidas.

No texto de 1Co 12:1 Paulo disse claramente que não desejava que os cristãos fossem ignorantes quanto aos dons espirituais.  Ou seja, devemos conhecer sobre o assunto.

É natural que um crente novo não conheça, ou tenha dúvidas, sobre um tema tão especifico como esse – mesmo porque tem sido alvo de incontáveis debates e controvérsias na caminhada da igreja ao longo da história.  Os dons estão presentes na igreja e por isso a igreja precisa ser instruída sobre eles para ser capaz de vivenciá-los de maneira cristã, santa e saudável.

Aos Romanos (Rm 12:6) Paulo registrou que há diferentes e múltiplos dons que são distribuídos de acordo com a graça que nos é dada.  Nunca deve haver ênfase em um único dom, ou colocar algum em primazia em relação a outros.

A variedade de dons que se manifestam na vida igreja representa também a variedade das manifestações do próprio Espírito que ministra de modo diferente em contextos diversos e níveis distintos na comunidade.  Mas, em hipótese alguma, isso deve indicar hierarquia e valorização de qualquer dos dons.

Novamente aos coríntios (1Co 12:28), Paulo especificou que o lugar onde os dons são manifestados é a igreja.  É em meio a comunidade de fé que as ocorrências dos dons, carismas e ministérios serão percebidos e experimentados.  Será, pois, na igreja que eles serão atestados e confirmados.

Também será para a igreja que cada dom deverá ser exercido em sua plenitude.  Os dons nunca são outorgados pelo Espírito para proveito individual.  Pessoalmente o fiel que recebe algum dom pode até se sentir beneficiado com ele, mas esse não será o objetivo da dádiva espiritual recebida, e sim todo o Corpo de Cristo.

E mais adiante (1Co 14:1) Paulo instruiu os cristãos do Corinto a buscarem com dedicação os dons espirituais – dando destaque aqui à profecia.

A indicação bíblica, porém, de ser recomendável que cada cristão busque e se encaminhe na direção de alcançar ser agraciado com os mais distintos dons no exercício de sua vida cristã não deve nunca nos fazer esquecer que, embora se deseje receber dons, a sua distribuição é unicamente da competência do próprio Espírito Santo que os dá conforme ele mesmo entende ser de sua administração.

 

(Da Revista DIDASKAIA – 1º quadrimestre / 2023 – IBODANTAS)

 

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

INCREDULIDADE E MISSÃO

 


O evangelista João nos conta que Jesus aproveitou os últimos momentos de seu ministério público para mais uma vez enfatizar quem ele era e quais os aspectos essenciais de seu ministério. 

O tempo estava se aproximando e Jesus sabia que lhe restavam pouquíssimos momentos antes de ser concluída sua missão com o sacrifício final.  O evangelista estava acompanhando estes momentos derradeiros e aproveitou para apontar dois destaques finais quanto ao ministério de Jesus Cristo: a incredulidade dos judeus e a verdadeira face da missão.

De um lado estavam os judeus que, embora tenham presenciados tantos sinais que Jesus realizara entre eles, não eram capazes de crer (veja Jo 12:37).  João então apontou uma citação do profeta Isaías para tentar explicar o que estava acontecendo (compare Jo 12:38 com Is 53:1).

O problema com aqueles homens era que estavam com os corações endurecidos, fechados, para compreenderem a verdadeira dimensão de quem era Jesus Cristo e por isso não se converteram.

João até reconhecia que alguns entre os judeus criam, mas de maneira velada, escondida, por medo das lideranças judaicas.  E João comentou que eles fizeram a escolha errada ao amarem mais a glória dos homens que a glória de Deus (Jo 12:4243).

Por outro lado, neste momento final de seu ministério público, Jesus fez um apanhado geral de sua missão.  Acompanhe a partir de 12:45: a. Jesus refletiu exatamente o Pai (v. 45 – Jo 1:14); b. crer nele afugenta as trevas (v. 46 – Jo 8:12); c. ele não veio para julgar, mas para salvar (v. 47 – Jo 3:17); d. sua palavra procedeu do Pai (v. 49 – Jo 7:16); e. há garantia de vida eterna nele (v. 50 – Jo 10:28).

Ali Jesus concluiria seu ministério público.  O que viria depois seria na intimidade com os discípulos, em oração direta com o Pai, e os eventos pascoais: morte e ressurreição.

 

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

QUEM É VOCÊ?

Reflexão no "Congresso Cresça" da IB Memorial / Aracaju em 29 de Julho de 2023 - baseada em Gn 32:22-32