sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

SEGUINDO A LOUCURA DA CRUZ


Ao celebrarmos a Ceia do Senhor sou levado pelo Espírito a refletir sobre as implicações de Jesus na cruz.  Isso deve trazer significações e implicações da cruz de Cristo para minha vida cristã. 
São palavras de Jesus: Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo (Lc 14:27).
Vamos pensar um pouco: pode parecer loucura – e realmente o é – mas certamente o que Cristo espera do seu discípulo é que, mesmo parecendo insanidade, tome a sua cruz, vá com ele e não se envergonhe da caminhada (leia Lc 9:26). 
Sobre essa loucura, também Paulo observou que a mensagem da cruz é escândalo para os judeus e loucura para os gregos (1Co 1:23).  Contudo o próprio Paulo soube encarnar o evangelho sem se envergonhar dele (Rm 1:16). 
Assim, baseado nos argumento do apóstolo, posso reconhecer que a cruz para mim é a afirmação da loucura do mundo e da sabedoria de Deus.
Mas atente: certamente esta loucura traz marcas: são as marcas do discipulado – do ir após ele.  E elas devem estar embasadas na cruz de Cristo (veja Gl 6:17).  Ou seja, tomar a cruz para nós é a certeza de seguir a Jesus e ser seu discípulo. 
Observe que Jesus chamou os seus discípulos simplesmente para ir após ele.  Logo, a cruz tomada por nós é o sinal de que estamos indo atrás de Jesus – o que ele fez e faz nós fazemos também.  O destino e prioridades que Cristo deu a sua vida, nós devemos dar também.  Isto é tomar a cruz: isto é seguir a Jesus.
Porém é mais que isso: não basta seguir-lhe o rastro apenas, é preciso pisar e caminhar em suas próprias pegadas.  São as implicações do que Cristo nos alertou de que tomar a cruz é negar-se a si mesmo (em Mt 16:24). 
Se o caminho para o cristão proposto pelo Mestre é uma vida de negação e mortificação, então a cruz deve significar para mim que toda minha, todos os meus diretos e prerrogativas, todos os sonhos e anseios pessoais devem ser sacrificados no altar de Deus como um holocausto santo para que eu possa seguir e me tornar seu discípulo.
Essa é a loucura da cruz: negar-se a própria vida e assumir a vida de Jesus em nós.  É essa troca insana que o Mestre nos propõe.  Esse é o preço do discipulado.  Mas ele faz valer a pena.
Que possamos seguir a loucura da cruz.

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