terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O SENHOR JUSTIÇA NOSSA

Em toda a Bíblia o nosso Deus é conhecido por vários nomes.  Em cada novo aspecto de sua revelação, cada nova compreensão de sua infindável essência, um novo nome e atributo lhe era reconhecido.
Entre tais nomes e atributos, o profeta Jeremias o chamou de O Senhor Justiça Nossa (Jr 23:6).  Em outras palavras: o nosso Deus é absolutamente Justo.
Então, como observar esta justiça que define o Deus a quem hoje prestamos culto?
Numa visão rápida e inicial eu diria que a justiça perfeita de Deus pode ser percebida em diversos aspectos ainda do Antigo Testamento.  Veja por exemplo:
Um.  A justiça de Deus está em ter ele promulgado leis para seus povo (Lv 27:34).  Dois.  Está em tratar a todos por igual (Lv 19:15).  Três.  Está nas instruções quanto à equidade (Pv 11:1).  Ou quatro.  Está no fundamento das palavras proféticas (Am 5:24).
Mas, embora todas estas verdades sejam fundamentalmente bíblicas, não será por isso apenas que hoje quero reconhecer o meu Senhor como sendo a minha verdadeira justiça.  E para entender este que considero o principal argumento, vamos mais adiante.
Na Lei antiga, bênçãos e maldições haviam sido prescritas para homens e mulheres a partir da obediência ou não dos divinos ordenamentos (Dt 11:26-28).  Contudo ninguém foi capaz de se manter inocente diante de tais ditames (Rm 3:23).  Então as conseqüências seriam fatais, pois para que a justiça se fizesse era requerido o sangue (Rm 6:23 e Hb 9:22).
Mas Deus prova seu amor para conosco em ter enviado seu Filho (Rm 5:8).  No Filho de Deus toda a justiça da Lei é satisfeita.  No Unigênito Encarnado que se fez injusto está aplicada toda a nossa pena. 
Mas nele mesmo também se funde toda a manifestação da misericórdia e amor – ninguém tem maior amor que este!
Em Cristo Jesus está demonstrado todo o amor divino e sua justiça plena.  O Deus que é amor também é justiça nossa.
Por isso celebramos com júbilo ao Senhor; por que seu amor dura para sempre e a sua justiça é de geração em geração (Sl 100).

(A partir de um sermão pregado no culto de ação-de-graças pela formatura de meu filho André no curso de Bacharelado em Direito)

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