Esta é
outra herança teológica preciosa dos batistas. 
A Declaração Doutrinária afirma: “O preço da redenção eterna do crente
foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz”.  Chamo a sua atenção para as expressões
“redenção eterna”, “pago de uma vez” e “pelo derramamento de seu sangue na
cruz”.  A salvação é eterna.  Não é temporária nem parcial.  O assunto foi resolvido de uma vez por todas
na cruz.  Cristo não deu uma entrada e
deixou as prestações para pagarmos.  Pagou
tudo, de uma vez.  Seu sacrifício foi
suficiente, único, irrepetível e perfeito. 
E o preço pago por ele foi seu próprio sangue.  No processo da salvação, não somos o agente,
mas Jesus Cristo o é.  E sua obra é
perfeita.  A salvação não depende de nós,
mas dele.  Ele não rejeita o pecador que
vem a ele, nem se arrepende de nos ter salvado.
“Mas
conheci muita gente que esteve na igreja e hoje está excluída!”, dirá alguém.  A antiga Confissão de Fé, substituída pela
Declaração Doutrinária, trazia o item XI, “Da Perseverança dos Santos”.  Nele se diz: “Cremos que só são crentes
verdadeiros aqueles que perseveram até o fim; que a sua ligação perseverante
com Cristo é o grande sinal que os distingue dos que professam
superficialmente”.  Um verdadeiro salvo
persevera na fé: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem
dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se
manifestasse que não são dos nossos” (1Jo 2.19).
A
salvação é obra exclusiva de Jesus Cristo. 
Nós não a produzimos.  Nós a
aceitamos.  A salvação está relacionada
com o caráter do nosso Salvador.  Ela não
depende de nossos esforços.  Quando se
pensa na possibilidade da perda da salvação, assume-se que há esforços humanos
que podem derrubar o que Cristo fez.  E
coloca-se a salvação como algo que podemos ter ou deixar de ter com base no que
fizemos ou deixamos de fazer.  Ela deixa
de ser obra da graça.  Esta concepção
batista torna a igreja uma instituição que, espiritualmente, está segura para
sempre, pela sua fé em Cristo.  Ela não é
clube onde a pessoa entra e sai.  Ela é
face visível do reino invisível, a ponta do iceberg.  Envolver-se com a igreja local, sendo-se
regenerado, é estar na Igreja Militante, a Universal.
Há
coerência batista quando se analisa esta doutrina junto com a do batismo apenas
para regenerados.  Não há como alguém
realmente batizado vir a se desviar.  Se
a pessoa foi regenerada pelo poder do Espírito Santo e foi batizada, então está
segura.  Isto nos recorda que o batismo
não é para simpatizantes do evangelho, mas para regenerados pelo evangelho.  Temos batizado muitos simpatizantes do evangelho,
que, um dia, não sendo convertidos, irão embora.  Quando o batizado é um regenerado,
permanecerá na fé.  Se a pessoa morreu
para vida anterior, como voltará a viver nela? E é também, para nós, a garantia
de que a verdadeira igreja estará preservada, pois será sempre de regenerados.  Ao mesmo tempo, é uma advertência para quem
se chega a uma igreja batista: está assumindo um compromisso para sempre.  Ser membro de uma igreja batista é um sinal,
uma declaração, de conversão a Jesus Cristo e a expressão do desejo de se unir
ao seu povo.  Ao mesmo tempo é uma
declaração de que se está assumindo um compromisso com Cristo e o seu evangelho
para sempre.  A identidade de um batista
é forte, aqui: ele é um salvo para sempre e por completo.
Extraído de uma palestra preparada pelo
Pr.  Isaltino Gomes Coelho Filho (1948-2013)
para um congresso doutrinário em Altamira, Pará, novembro de 2009.
 

 
 
Louvo a Deus, pelos Batistas foi onde comecei a minha caminhada com Deus, e posso dizer que se não fosse os ensinamentos fundamentados nas escrituras que recebi lá, talvez não estivesse mais na fé.(Deus Abençoe Vcs)
ResponderExcluirAmém querido.
ExcluirAbs