Há muitos anos, na véspera da
comemoração de uma festa religiosa, foi levado à morte um justo por se
auto-denominar o Filho de Deus. Até
posso acreditar que sua morte teve conotações político-religiosas, mas o mais importante
é que esta história não acaba aqui. Ele
está vivo. Este homem é o Cristo. É claro que também não encontramos em lugar
algum o registro do momento exato da sua ressurreição, mas temos em vários
lugares o testemunho daqueles que conseguiram apreender pela fé o significado
de ter sido encontrado apenas o túmulo vazio.
Estes homens e mulheres que viram
pessoalmente o Cristo vivo depois de ele ter passado pela cruz nos contam da
profunda liberdade sentida como efeito da ressurreição e do túmulo vazio como
símbolo de uma vitória.
A ressurreição nos libertou do
pecado interior (leia Rm 8:1-2). Cristo
na cruz pagou o preço do pecado e na ressurreição deu o caso por
encerrado. Ao aceitarmos com fé a ressurreição
estamos livres do peso do pecado e da impureza que nos amarra à morte. Falando em liberdade faz-se mister também
lembrarmos do testemunho dos que falam do não estar mais amarrado às estruturas
e tradições (leia também Gl 5:1). A
ressurreição sem dúvida decretou a nossa liberdade para a vida em Cristo Jesus.
A morte sempre foi o último
obstáculo a desafiar o ser humano, mas agora onde está ó morte a tua vitória?
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo (1Co
15:55-57). No túmulo vazio temos o
símbolo da vitória final de Cristo sobre a morte. Agora que o túmulo vazio nos mostra que nosso
maior inimigo foi finalmente esmagado pela ressurreição, estamos livres do medo
da morte e podemos desfrutar da vida que Cristo dá. Se a morte não é mais um fim, no poder de
Deus, então agora os sonhos desta vida fazem sentido.
A lembrança do túmulo vazio e a
certeza da ressurreição deve nos fazer hoje render uma prece de louvor a Deus
pela realidade da vitória de Cristo por mim e no meu lugar e nos colocar como
filhos amados integralmente na mãos amorosas e poderosas do Pai para ele
realizar em nós os nossos desejos: a sua vontade (Sl 37:4).