A disciplina cristã da
contribuição que torna o cristão apto para ingressar nas fileiras do exército
sagrado deve ser entendida tendo como base o papel do dízimo no AT e seu
desdobramento nas ofertas do NT. Mas
antes de refletir sobre tal disciplina, um texto precisa ser citado:
Se eu tivesse
fome, precisaria dizer a você? Pois o mundo é meu, e tudo o que nele existe.
(Sl 50:12)
Segundo o texto bíblico,
tudo pertence ao Senhor (pode ler o Sl 24).
Esta verdade inicial nos diz que todos os recursos que utilizamos em
nossa vida pertencem a Deus – tanto o que trazemos ao seu altar quanto o que
retemos para nosso próprio sustento. Ao
requerer que uma parte dos recursos que estão sob minha responsabilidade de
administrar seja colocada à disposição do próprio Deus e do seu projeto de
Reino, o Senhor nada mais faz que exigir que o discípulo participe deste
projeto.
Também o texto nos diz que o
Senhor não tem necessidade destes recursos para atender as suas necessidades
pessoais (ainda leia Mq 6:7 e Hb 10:5-8).
Tudo o que é trazido e colocado no altar de Deus não tem por objetivo
suprir ou sustentar o Senhor – Deus não precisa disto! – mas proporcionar a
oportunidade de o contribuinte estar comprometido com o Reino de Deus. Ou seja, ao praticar a disciplina da
contribuição, não o fazemos por que o Senhor precisa de nossa ajuda, nem para
conquistar o favor de Deus; mas para ter o privilégio de estar incluído no rol daqueles
que sustentam a causa do Mestre.
Ainda estudando a
disciplina, ao rever as lições da transposição do Antigo para o Novo
Testamento, devemos compreender que na igreja de Cristo já não é mais a
obrigação ou o quantitativo percentual que deve ocupar nossa prática da disciplina
da contribuição, mas o ato de nos dedicar inteiramente no altar de Deus em adoração
como uma resposta àquele que nos amou primeiro e de forma incondicional (compare
1Jo 4:19 com Rm 5:8).
É nesta compreensão do amor
de Deus em Cristo Jesus que o crente deve voluntariamente se comprometer em
contribuir e sustentar a Casa do Tesouro com
os seus bens, posses e talentos de modo a que não falte nada – nenhum recurso –
para o Reino de Deus e sua consecução aqui nesta Terra.