Jesus
afirmou que sobre a data fixada em calendário para o fim do mundo e sua volta
gloriosa ninguém sabe (confira em Mt 24:36).
O que vem acontecendo, porém, ao longo da
caminhada cristã é que alguns (ou muitos) não levaram muito a sério as palavras
de Jesus. Então, a ideia de tentar
marcar uma data para o fim do mundo sempre povoou o imaginário de clérigos
piedosos, pretensos estudiosos e aventureiros a profetas.
Veja aí uma relação resumida de algumas datas
quando o mundo deveria ter terminado (aqui limitada aos prognosticadores
anteriores à Reforma Protestante):
365 – O bispo francês Hilário de Poitiers
(300-368) foi o primeiro cristão a marcar a data do fim do mundo. Segundo ele, o imperador Constâncio II seria o
Anticristo e Jesus voltaria quatro anos após sua morte.
400 – Martinho de Tours (316-397) propagou que o
mundo teria fim antes do ano 400. Ele dizia que o Anticristo já havia nascido e
que em pouco tempo iria tomar o poder.
500 – Com base em seus estudos sobre a arca de
Noé, um tal de Sexto Júlio Africano estabeleceu o ano de 500 como sendo a data
do retorno de Cristo. Como isso não
aconteceu, ele recalculou para o ano 800.
995 – No ano de 992 as celebrações da Anunciação
e da Sexta-Feira Santa ocorreram no mesmo dia, então criou-se a crença de que
este seria o evento que traria o Anticristo e consequentemente o fim dos tempos
dentro de três anos e meio.
1000 – Segundo o Papa Silvestre II (946-1003), o
fim do primeiro milênio do calendário cristão marcaria também o fim do mundo e
a volta de Jesus no primeiro dia ano.
Por conta disso, revoltas ocorreram pela Europa e peregrinos viajaram
para o leste em direção a Jerusalém.
1033 – A data referente ao fim do milênio foi
recalculada para computar os anos do ministério terreno de Jesus.
1284 – O Papa Inocêncio III (1160-1216) previu
que o mundo acabaria 666 anos após a ascensão do Islã.
1346–1351 – Com a proliferação da
peste negra, diversos europeus a interpretaram como o sinal do fim dos tempos.
1504 – O famoso pintor Sandro
Botticelli (1445-1510) acreditava que já estava vivendo a Grande Tribulação e
em 1500 afirmou que o mundo acabaria três anos e meio depois.
Ou seja, essa coisa escatológica de agendar o fim
é antiga (e penso que não é preciso dizer que todos erraram bastante!). Já chegamos a 2023 e
ainda estamos aqui.
Vou
continuar essa relação de PREVISÕES DO FIM DO MUNDO:
Da Reforma ao século XVIII – link
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