Mas mesmo
olhando de um mesmo ângulo, cada um dos evangelhos procura destacar um aspecto
da vida e ministério de Cristo.
Lucas é um
deles. Embora tenha realmente muitos
pontos em comum com Mateus e Marcos, mas ele é um evangelista próprio.
Numa primeira
olhada no texto é fácil detectar diferenças significativas. Dos três, Lucas é o mais minucioso e baseia
seu Evangelho nas narrativas. Ele
demonstra entender que Deus se revelou na história e será contando-a que Lucas
nos apresentará Jesus, o filho de Deus.
Por outro lado,
também se deve destacar nesta introdução que Lucas é alegre e inclusivo. Ele sempre registra cânticos (veja por
exemplo os cantos de Maria e Zacarias no primeiro capítulo ou a citação da
alegria dos setenta ao regressarem da missão no capítulo nove).
O Evangelho também
se ocupa com os que são social, moral ou religiosamente excluídos (ele observa
que Jesus tomou para si as palavras da profecia: compare Is 61:1-2 com Lc
4:18-19).
Quanto ao autor,
ele mesmo não se apresenta – apenas dedica seu trabalho ao excelentíssimo
Teófilo (veja Lc 1:3). Por tradição,
atribui-se a Lucas, o médico amado, companheiro de Paulo a autoria do texto (vá
a citação de Cl 4:14).
Lucas não foi
testemunha ocular do Jesus histórico e ele próprio reconhece isso, mas a partir
de um meticuloso trabalho de pesquisa e documentação de tais testemunhas compôs
seu Evangelho, deixando-nos um relato fiel para que tenhamos plena certeza
das verdades ali narradas (leia Lc 1:4).
(A partir da
introdução da lição 01 da revista “Lucas” – Editora Sabre)
Nenhum comentário:
Postar um comentário