segunda-feira, 15 de agosto de 2022

O EVANGELHO DE LUCAS

 



Os três primeiros evangelhos que encontramos no Novo Testamento procuram apresentar a figura histórica de Jesus Cristo partir de um mesmo ponto de vista, por isso nós o chamamos de sinóticos. 

Mas mesmo olhando de um mesmo ângulo, cada um dos evangelhos procura destacar um aspecto da vida e ministério de Cristo.

Lucas é um deles.  Embora tenha realmente muitos pontos em comum com Mateus e Marcos, mas ele é um evangelista próprio. 

Numa primeira olhada no texto é fácil detectar diferenças significativas.  Dos três, Lucas é o mais minucioso e baseia seu Evangelho nas narrativas.  Ele demonstra entender que Deus se revelou na história e será contando-a que Lucas nos apresentará Jesus, o filho de Deus.

Por outro lado, também se deve destacar nesta introdução que Lucas é alegre e inclusivo.  Ele sempre registra cânticos (veja por exemplo os cantos de Maria e Zacarias no primeiro capítulo ou a citação da alegria dos setenta ao regressarem da missão no capítulo nove). 

O Evangelho também se ocupa com os que são social, moral ou religiosamente excluídos (ele observa que Jesus tomou para si as palavras da profecia: compare Is 61:1-2 com Lc 4:18-19).

Quanto ao autor, ele mesmo não se apresenta – apenas dedica seu trabalho ao excelentíssimo Teófilo (veja Lc 1:3).  Por tradição, atribui-se a Lucas, o médico amado, companheiro de Paulo a autoria do texto (vá a citação de Cl 4:14). 

Lucas não foi testemunha ocular do Jesus histórico e ele próprio reconhece isso, mas a partir de um meticuloso trabalho de pesquisa e documentação de tais testemunhas compôs seu Evangelho, deixando-nos um relato fiel para que tenhamos plena certeza das verdades ali narradas (leia Lc 1:4).

(A partir da introdução da lição 01 da revista “Lucas” – Editora Sabre)


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