O
termo liturgia é daqueles que muitas vezes causam estranheza em nossos
meios evangélicos brasileiros.
No sentido original (a partir do Grego λειτουργία)
descrevia qualquer trabalho executado na intenção do bem comum. Mas o uso técnico que a igreja deu ao termo ao
longo do tempo trouxe o significado em outra direção.
Então penso que, nesse caso, o Grego original não
ajuda.
De modo geral a expressão liturgia é usada
para descrever uma forma apropriada de fazer alguma coisa. Assim, no uso cristão, como termo técnico,
indica o modo apropriado de acontecer os cultos e a adoração na igreja.
Assim, entendo que pode ser aplicado tanto quando
se refere ao planejamento dos cultos e sua distribuição em um calendário, como
se referindo ao ordenamento das sucessivas partes de um culto específico. Nesse sentido último pode muito bem ser usado
como ordem de culto perfeitamente.
E mais, liturgia como ordem de culto
pode indicar tanto a estruturação do culto bem "amarrado" nas
tradições eclesiásticas, como a simples anotação de planejamento para uma
reunião de culto qualquer.
E ainda creio que a participação do Espírito Santo
no culto como agente sobrenatural que o conduz não implica num descuido do
dirigente humano de um bom planejamento litúrgico.
Penso que podemos – e até devemos – usar o termo liturgia
para se referir ao nosso planejamento e intenção de culto. Essa é uma boa tradição cristã que vale ser
conservada.
Voltando
ao texto bíblico do NT Grego, talvez a palavra λατρεία, traduzida como serviço
sacerdotal em Hb 9:6, seja uma boa compreensão do sentido no uso cristão de liturgia.
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