sexta-feira, 17 de setembro de 2021

ATUALIZANDO O TEMA DA HUMILDADE

  


Quem recusa a disciplina, faz pouco caso de si mesmo,
mas quem ouve a repreensão obtém entendimento.
O temor do Senhor ensina a sabedoria,
e a humildade antecede a honra
.
(Pv 15:32-33)

 

A melhor citação para começarmos a atualizar o tema da humildade é lembrando que Jesus, no convite que faz aos cansados e sobrecarregados prometendo-lhes descanso, apresenta-se como manso e humilde (veja Mt 11:29).

Realmente não há exemplo mais significativo do que ter um espírito humilde de que perceber Jesus Cristo em sua encarnação (cito ainda Fl 2:5-11).

Tendo assim o padrão de Jesus como nosso alvo (proposta de Ef 4:13), devo procurar atualizar o tema a partir das próprias palavras do Mestre em suas bem-aventuranças que abrem o Sermão da Montanha quando diz:

 

Bem-aventurados os humildes,
pois eles receberão a terra por herança.
(Mt 5:5)

 

Assim, lendo no livro de Provérbios – do AT – e buscando no Novo Testamento as referências, vamos atualizar o tema da humildade.

Pelo menos em dois versos, as palavras de Pv são repetidas no NT: Deus dá graça aos humildes (confira em Tg 4:6 e 1Pe 5:5).

É esta observação que nos leva a compreender aquilo que transpareceu já no AT: a humildade é uma questão espiritual importante para a vida do cristão e Deus sempre a considera como um valor fundamental na formação do espírito cristão que deve habitar o interior do servo de Cristo.

Nesta mesma linha de raciocínio, Jesus coloca como prerrogativa para alguém se tornar cidadão do Reino de Deus a capacidade de se tornar intimamente humilde como uma criança (veja que ele fala em conversão, o que quer dizer atitude interior em Mt 18:1-4).

Já o apóstolo Paulo vai ampliar o tema da humildade como marca cristã de vida interior.  Nas instruções para um viver santo que ele dá aos cristãos de Colossos, encontramos as seguintes palavras:

 

Portanto, como povo escolhido de Deus,
santo e amado,
revistam-se de profunda compaixão,
bondade, humildade, mansidão e paciência.
Suportem-se uns aos outros
e perdoem as queixas que
tiverem uns contra os outros
como o Senhor lhes perdoou.
Acima de tudo, porém,
revistam-se ao amor, que é o elo perfeito.
(Cl 3:12-14)

 

Nesta passagem (e em outras como Rm 12:16; Ef 4:1 e Fl 2:3) o apóstolo apresenta a humildade como tão importante para o viver diário do cristão como a bondade e o amor.

E são de Tiago as palavras que nos mostram o quão importante é esta disposição: pois só assim o Espírito que habita em nós nos concede graça maior (leia em Tg 4:5-6).

É bom também lembrar que entre as maravilhosas características do amor, conforme cantado por Paulo, está em que ele não se ensoberbece (veja o poema de 1Co 13, em especial o verso quatro).

Igualmente o NT também concorda que a soberba e o espírito arrogante afasta o ser humano de Deus pois ele sempre resiste ao soberbo (também dito em Pv 3:34 e repetido em Tg 4:6).

Além de que João nos instrui que tal atitude vem do mundo e da carne – logo não do Pai – e, portanto, quem mantém tal postura, o amor do Pai não está nele, afinal, o mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre (palavras de 1Jo 2:15-17).

 

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