sexta-feira, 20 de julho de 2018

UM CAMALEÃO NA SALA DE ORAÇÃO


Lembro-me de quando pastoreava nossa congregação em Sol Nascente e mantínhamos o santo costume de nos reunir em uma sala de oração antes do culto dominical das 18h (ainda creio que muitas bênçãos que nos chegaram ali foi resultado destas intercessões).
Também lembro que num domingo chegamos para a oração e lá havia um enorme bicho, lá pelos idos de maio de 2009. Na época, cheguei a publicar algo na página da Congregação na web, e é de lá que vou copiar as palavras a seguir.

Antes de prosseguir deixe-me dizer três coisas:
1. Apesar de sermos uma igreja ambientada num espaço urbano, não é raro bichos dos mais diversos frequentarem nosso espaço. Desde os mais comuns como cachorros, gatos e ratos, até alguns inusitados como morcegos, corujas, gaviões entre outros. Eles são criaturas do Senhor e bem-vindos a sua casa.
2. Ninguém aqui é especialista em fauna, daí que se o bicho do caso não for realmente um camaleão, pouco importa, o que vale é a reflexão.
3. A foto lá em cima foi tirada por meu filho André no seu celular, logo eu, como pai, perdoo a falta de qualidade técnica.

Mas vamos a reflexão:
O bicho na sala de oração foi retirado com cuidado e colocado numa árvore que sombreia nosso terreno, mas ficaram alguns crentes para orar – como sempre fazem – e eu então ponderei: que lição eu aprendo disto?
Um crente camaleão na sala de oração de uma igreja pode ser um péssimo sinal, algo como alguém dissimulado, um lobo disfarçado de ovelha (para citar a ilustração de Jesus em Jo 10).
Sabemos que o camaleão é um bicho notório pela sua capacidade de se camuflar, mudar a tonalidade da pele para enganar seus inimigos e predadores e assim não ser apanhado.
Sei que em Mt 13 Jesus já nos advertia sobre a presença inevitável do joio no meio do trigo, mas realmente quando um camaleão se disfarça de crente e se mistura na sala de oração, ele pode passar despercebido por aqueles que estão com ele orando, mas não passará impune pelo crivo do Senhor (veja que no final Cristo em pessoa haverá de separar o trigo do joio).
De verdade não é possível evitar a presença de camaleões no meio da sala de oração de nossas igrejas, mas precisamos cada um de nós trabalhar e vivermos nosso compromisso cristão para que não sejamos apenas um disfarce – ou simulação – de cristão no meio da sala de oração.
Que Deus assim nos faça.


Nenhum comentário:

Postar um comentário