sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

QUE FAZER PARA SER SALVO?

Em sua segunda viagem missionária, Paulo e sua equipe de missão chegaram pela primeira vez a Europa, tendo ali pregado o evangelho na cidade de Filipo – província romana da Macedônia – uma mulher de nome Lídia se converteu e foi batizada; abrindo as portas de sua casa para a primeira igreja cristã europeia (leia a passagem em At 16).
Enquanto discipulava e fortalecia o trabalho recém-iniciado, certo dia, Paulo e Silas encontraram uma moça que, sendo possuída por um espírito advinho-enganador, era escravizada e trazia lucros aos seus senhores.
No poder do nome de Jesus, Paulo repreendeu o espírito que atormentava a mulher, o que causou a revolta dos seus exploradores. Por conta disso, os apóstolos foram entregues às autoridades que, insuflados pela multidão, açoitaram-nos e os lançaram na prisão.
Até este momento nada foi surpreendente pois o que temos é o relato de como o maligno destrói homens e mulheres; como no nome de Jesus há libertação e vida em abundância (cf. Jo 10:10) e de como os discípulos devem estar preparados para enfrentar esta batalha (cf. Jo 15:18).
O surpreendente viria daqui em diante. Levados à prisão, Paulo e Silas cantavam e oravam ao Senhor e, enquanto este louvor subia aos céus, o texto diz que “de repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abertos” (At 16:25).
Temendo as consequências de uma eventual fuga de prisioneiros, ou algo parecido diante do fato, o carcereiro tentou se matar com a própria espada. Mas Paulo gritou: “Não faça isto! Estamos todos aqui!” (At 16:28).
A narrativa continuou com a descrição da cena do carcereiro assustado e caindo prostrado aos pés dos discípulos e formulando a questão: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” (At 16:30).
Parece claro que nesta primeira formulação o carcereiro ainda não tinha uma noção exata da dimensão espiritual da salvação que os cristãos possuíam – e era exatamente o que os fazia adorar ao Senhor no cárcere. Aquele homem queria saber como poderia se livrar das tormentas daquele momento. Ele demonstrou perceber que algo muito maior e mais poderoso que ele, sua cadeia e até as forças romanas estava agindo naquele lugar, por isso o medo e a necessidade de saber como se resguardar.
Mas a pergunta do carcereiro também demonstrou outra certeza. Naquela circunstância, ele estava disposto a fazer qualquer coisa. Não simplesmente ouvir um discurso ou se interessar por uma fé. O que fosse preciso fazer, ele estava disposto a fazê-lo; qualquer coisa que estivesse ao seu alcance para se livrar daquela hora!
A resposta de Paulo e Silas, entretanto, foi em outra direção: não há nada a se fazer diante da demonstração do poder de Deus. Não há obras, nem penitência, nem promessas a serem feitas ou pagas. Basta apenas crer e o Senhor Jesus fará o resto (At 16:31).
O quadro se encerrou com o carcereiro lavando as feridas dos apóstolos, levando-os para casa e lhes oferecendo uma refeição. O texto ainda afirma que “ele e todos os seus foram batizados” (At 16:33). A resposta dada pelos homens de Deus ao questionamento do mundo resultou em bênção e em salvação e mais: o carcereiro, junto com os de sua casa, “alegrou-se muito por haver crido em Deus” (At 16:34).


2 comentários: