O cajueiro que temos em nosso
terreno está todo florido! Está lindo de
ver! Tudo leva a crer que este ano teremos
uma boa colheita de cajus e que o Senhor nos brindará com muitos frutos para
desfrutarmos de suas bênçãos nos deliciando com o próprio fruto, sucos,
sorvetes, mouses, geléias, castanhas e mais o que a criatividade aprontar. E pelo jeito vai dar para todos comerem e
ainda vai sobrar – Deus sempre faz assim!
A visão do cajueiro me trouxe a
pensar nas palavras de Jesus quando alertou para observar a figueira (penso que
se fosse por aqui ele tinha apontado o nosso cajueiro). Citado pelos evangelhos sinóticos (Mt 24:32;
Mc 13:28 e Lc 21:29), o Mestre instruiu a entender que como a árvore no seu
tempo próprio, a nossa existência aqui também demonstra quando o tempo está
para chegar.
É claro que não vou cair na
esparrela de tentar marcar data para os acontecimentos vindouros, mas olhando o
cajueiro preciso cuidar de ficar atento.
E isso implica em duas posturas iniciais: a) não estar ansioso pois é certo que minhas preocupações nem só
não vão mudar em nada a realidade das coisas como por vezes até impedirão minha
postura de fé (veja o que Paulo disse em Fl 4:6) e b) não permanecer relaxado, ocioso ou desligado já que tais
atitudes me afastam dos compromissos e atitudes cristãs (ainda Paulo em 1Co
16:13).
Voltando ao pé de caju. A verdade é que o cajueiro não traz ou
provoca a chegada do verão, mas também é certa a verdade que ele se prepara
para que quando chegar o momento certo possa apresentar o melhor dos seus
frutos para quem dele cuidou. Da mesma
forma, eu não provoco com minhas atitudes nem a volta de Cristo nem qualquer
outro acontecimento do porvir mas devo me preparar adequadamente para quando
eles chegarem. Como fazer isso? O próprio texto evangélico nos aponta:
No verso de Lc 21:34 leio que não
devo sobrecarregar meu coração com as coisas desta vida. Se minha prioridade é o reino que está
preparado desde a fundação do mundo (palavras de Mt 25:34), então é fundamental
não me distrair com outras coisas (sobre isso confira Ef 5:11 e 2Tm 2:4).
Também no verso de Lc 21:35 sou
instruído a manter uma disposição de vigilância e oração. É isto que se espera de todo cristão
verdadeiro que vive na dependência exclusiva de seu Senhor e sabe que não resta
mais muito tempo (veja a parábola das virgens que segue em Mt 25), ou seja, o
crente que espera é o crente que vigia e ora sempre (note a ordem direta em 1Ts
5:17).
O cajueiro está florido e ele está
me dizendo que o tempo está próximo. Que
eu possa viver de maneira apropriada aguardando o grande dia do Senhor.
(Esta reflexão eu publiquei originalmente na página da IB Sol Nascente
em 25/10/2010. Na época, estava
pastoreando aquela congregação e no nosso terreno, entre outras árvores, havia
um grande e frondoso cajueiro, que na ocasião estava todo florido – o que serviu
de inspiração para o texto. Aqui eu o
reproduzo com as mesmas palavras de então.
E quanto à imagem: ela foi tirada na época e retrata o próprio cajueiro)
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