Eu já ouvi falar de uma terra sem igual
Aonde tudo é paz e não há lugar pro mal
Almejo este lar, tão puro e sem igual
Mas eu não sei o dia em que virá pra mim
Aonde tudo é paz e não há lugar pro mal
Almejo este lar, tão puro e sem igual
Mas eu não sei o dia em que virá pra mim
Assim são os primeiros versos da
canção "O Céu é Jesus"
que Jader Santos escreveu e os Arautos do Rei gravaram no álbum "Eu não
sou mais eu" em 1999. E, preciso já
confessar, desde então a tenho ouvido com renovada piedade espiritual.
Entendo em não usar este espaço
para tecer comentários sobre os personagens envolvidos na música – bem que
poderia, valeria ... mas não pretendo.
Também não penso em analisar seus
termos com olhos técnico-teológicos, apesar dos anos em sala de aula de
Teologia – magistério que exerço como ministério. Sei que há muito a dizer: há prós e contras,
sem dúvida. Mas não quero aqui me ocupar
desta tarefa.
Como disse lá em cima, eu a tenho
ouvido com renovada piedade espiritual.
Assim vou ouvi-la. A melodia, a
harmonia e o arranjo, de modo geral se encaixam muito bem e são belíssimos. São um verdadeiro convite a buscar e estar na
presença de Jesus; um convite à contrição, à adoração e à meditação –
disciplinas cristãs já quase fora de moda hoje em dia!
Canções como esta são verdadeiros
hinos e fazem vibrar algumas cordas da alma cuja antiguidade, serenidade e
profundidade nos dão força e saciam nossa existência. É um sentimento de pertencer a algo maior e
mais significativo que nossa rasa e curta história que faz a caminhada se
alimentar de esperanças e presenças.
— Estou poético!!! É, a música faz isso!!!
Mas tem ainda a letra. Sei que a própria Bíblia tenta descrever o
nosso destino em linguagem figurada se referindo às moradas eternas como ruas
de ouro e mar de cristal. Mas o que
conta mesmo é saber que, do outro lado, o que nos aguarda é a companhia eterna
do Cordeiro que se assenta sobre o trono e só a ele se dirigirá nossa atenção e
adoração eternas.
— Sentiu os tons do Apocalipse nestas linhas?
E tem outras questões pontuais... mas vamos em
frente. É a presença de Jesus desfrutada
em meio aos remidos que o louvam, é esta convicção inabalável que me faz saber
que em meio a luta e dor, eu posso estar
em paz pois meu viver já coloquei nas mãos do Pai.
E tem mais: não existe céu sem Jesus e não existe paz sem Jesus, pois a verdade
de minha fé é que sem ele a riqueza do
universo é sem valor.
É por isso que não pergunto
quando? Onde? Como? De que modo? Apenas sou
acalentado e me deixo embalar como um suave ir-e-vir de uma rede de dormir
enquanto saboreio a antecipação do céu.
Assim, diante desta presença
augusta onde posso desfrutar de toda sorte de bênçãos espirituais já agora,
enquanto aguardo o grande dia do encontro da noiva com o noivo, em triunfante
cortejo de glória eterna, mesmo certo de que em nós haverá de ser revelado algo
de modo imensurável maior e melhor que os aperitivos do agora; eu continuo
cantando:
O céu é aqui, se eu tomo tempo pra louvar
O céu é aqui, se eu me ajoelho para orar
O céu é aqui, se eu aprendi a perdoar
O céu é Jesus, e, onde ele estiver, o céu será ali.
O céu é aqui, se eu me ajoelho para orar
O céu é aqui, se eu aprendi a perdoar
O céu é Jesus, e, onde ele estiver, o céu será ali.
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