Na páscoa, nós, os seguidores de
Cristo somos impulsionados a um profundo mistério, um mistério diante do qual
nos maravilhamos. Contemplamos este mistério
que nutre nossa fé e enche nosso coração de assombro, amor e louvor. Confessamos que está alem de nossa capacidade
para explicá-lo plenamente em categorias racionais. Porém nós damos testemunho dele com confiança
e alegria, nós o celebramos como sagrada lembrança e o louvamos com gloriosa
esperança.
Aquele que morreu no Calvário é a
segunda Pessoa da Trindade. É o Deus
cuja auto-doação recordamos quando falamos da Cruz. É o Eterno cuja cabeça está inclinada em amor
sofredor na colina do Calvário. Aquele que morreu no Calvário é Deus!
O Deus a quem servimos é o Eterno,
que foi antes do tempo, vive no tempo e será quando o tempo já não exista mais. Este é o Deus a quem os portais da morte não
podem deter. Ele que foi crucificado e
logo posto em uma tumba emprestada não somente foi o criador e doador da vida,
como também é a própria vida em si.
Ele que se identifica a si mesmo
como "o caminho, a verdade e a vida", sopra o ar fresco de uma nova
vida em nossa velha vida, guiando-nos a experimentar um novo nascimento. O Senhor que é "a vida" comunica
vida à nossa morte e traz alento de novidade onde os velhos costumes e as
velhas prisões poderiam continuar entorpecendo ou imobilizando os viajantes na jornada
da vida.
O Deus da Páscoa é o Pai que, em
Jesus Cristo, abandonou o lugar preparado para os mortos, abriu o caminho da
morte para a vida e, de uma vez para sempre, matou o monstro da própria morte. É por isso que gritamos na vitória:
"Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde, ó morte, teu aguilhão?" e
declaramos "Mas graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por meio
de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Co 15:55-57).
Quando declaramos: "Cristo
ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou!", contamos a história do
mistério do Deus Trino que nos abre caminho através dos áridos desertos de
nossos dias. Deus atrai as pessoas ao
seu Criador e Salvador e lhes confere o dom da vida abundante, que é tão
poderosa que a morte não pode tirar. Esta
é a vida do futuro que se manifesta a si mesma no vai-e-vem de nossa existência
cotidiana.
O Deus Trino ascende das
maravilhas da colina do Calvário, entrega sua vida para que recebamos a vida e
logo retoma a vida novamente para construir uma fortaleza de esperança na qual
os seres humanos possam encontrar a confiança que o mundo não pode dar.
Quando celebramos a Páscoa,
expressamos a certeza confiante de que o Cristo ressuscitado habita em nós
mesmos quando vivemos em Cristo. A nossa
vida não é uma vida ordinária limitada entre os mistérios do nascimento e da
morte. Tão pouco é uma existência
precária desprovida de alegria perpétua.
Na Páscoa, celebramos o dom da vida eterna que se faz possível através
da morte e ressurreição do Filho de Deus! Aleluia!
Neville Callam
Secretario Geral – BWA
Abril 2017
Fonte: www.bwanet.org
Secretario Geral – BWA
Abril 2017
Fonte: www.bwanet.org
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