terça-feira, 8 de novembro de 2016

Os Grandes Princípios Batistas – A SEGURANÇA ETERNA DOS SALVOS

Esta é outra herança teológica preciosa dos batistas.  A Declaração Doutrinária afirma: “O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz”.  Chamo a sua atenção para as expressões “redenção eterna”, “pago de uma vez” e “pelo derramamento de seu sangue na cruz”.  A salvação é eterna.  Não é temporária nem parcial.  O assunto foi resolvido de uma vez por todas na cruz.  Cristo não deu uma entrada e deixou as prestações para pagarmos.  Pagou tudo, de uma vez.  Seu sacrifício foi suficiente, único, irrepetível e perfeito.  E o preço pago por ele foi seu próprio sangue.  No processo da salvação, não somos o agente, mas Jesus Cristo o é.  E sua obra é perfeita.  A salvação não depende de nós, mas dele.  Ele não rejeita o pecador que vem a ele, nem se arrepende de nos ter salvado.
“Mas conheci muita gente que esteve na igreja e hoje está excluída!”, dirá alguém.  A antiga Confissão de Fé, substituída pela Declaração Doutrinária, trazia o item XI, “Da Perseverança dos Santos”.  Nele se diz: “Cremos que só são crentes verdadeiros aqueles que perseveram até o fim; que a sua ligação perseverante com Cristo é o grande sinal que os distingue dos que professam superficialmente”.  Um verdadeiro salvo persevera na fé: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos” (1Jo 2.19).
A salvação é obra exclusiva de Jesus Cristo.  Nós não a produzimos.  Nós a aceitamos.  A salvação está relacionada com o caráter do nosso Salvador.  Ela não depende de nossos esforços.  Quando se pensa na possibilidade da perda da salvação, assume-se que há esforços humanos que podem derrubar o que Cristo fez.  E coloca-se a salvação como algo que podemos ter ou deixar de ter com base no que fizemos ou deixamos de fazer.  Ela deixa de ser obra da graça.  Esta concepção batista torna a igreja uma instituição que, espiritualmente, está segura para sempre, pela sua fé em Cristo.  Ela não é clube onde a pessoa entra e sai.  Ela é face visível do reino invisível, a ponta do iceberg.  Envolver-se com a igreja local, sendo-se regenerado, é estar na Igreja Militante, a Universal.
Há coerência batista quando se analisa esta doutrina junto com a do batismo apenas para regenerados.  Não há como alguém realmente batizado vir a se desviar.  Se a pessoa foi regenerada pelo poder do Espírito Santo e foi batizada, então está segura.  Isto nos recorda que o batismo não é para simpatizantes do evangelho, mas para regenerados pelo evangelho.  Temos batizado muitos simpatizantes do evangelho, que, um dia, não sendo convertidos, irão embora.  Quando o batizado é um regenerado, permanecerá na fé.  Se a pessoa morreu para vida anterior, como voltará a viver nela? E é também, para nós, a garantia de que a verdadeira igreja estará preservada, pois será sempre de regenerados.  Ao mesmo tempo, é uma advertência para quem se chega a uma igreja batista: está assumindo um compromisso para sempre.  Ser membro de uma igreja batista é um sinal, uma declaração, de conversão a Jesus Cristo e a expressão do desejo de se unir ao seu povo.  Ao mesmo tempo é uma declaração de que se está assumindo um compromisso com Cristo e o seu evangelho para sempre.  A identidade de um batista é forte, aqui: ele é um salvo para sempre e por completo.

Extraído de uma palestra preparada pelo Pr.  Isaltino Gomes Coelho Filho (1948-2013) para um congresso doutrinário em Altamira, Pará, novembro de 2009.

2 comentários:

  1. Louvo a Deus, pelos Batistas foi onde comecei a minha caminhada com Deus, e posso dizer que se não fosse os ensinamentos fundamentados nas escrituras que recebi lá, talvez não estivesse mais na fé.(Deus Abençoe Vcs)

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