Josafá
foi um rei de Judá que governou em Jerusalém no século IX a.C. Descendente direto do rei Davi, ele procurou
seguir os caminhos de seu ancestral (confira em 2Cr 17:1-3) e o Senhor lhe
concedeu vitórias em diversas ocasiões.
Em uma
destas situações de conflito, quando seus vizinhos de Moabe a Amon se juntaram
para desafiar as tropas de Judá, a notícia logo chegou aos ouvidos do rei e do
povo: "Um exército enorme vem contra
ti de Edom, do outro lado do mar Morto". Embora isto tenha causado um certo temor,
mais uma vez Deus se mostrou fiel e a batalha foi ganha (este é o episódio em
que os levitas vão à frente do exército cantando e o Senhor triunfando – veja
toda a narrativa no capítulo 20 de 2Cr).
O texto
deixa claro que tudo isso aconteceu mediante a palavra profética de Jaaziel, um
levita sobre quem veio o Espírito do Senhor.
Mas o que quero destacar para a reflexão aqui são duas atitudes reais
que estão colocadas na narração antes e depois da intervenção divina (até parecem
que se apresentam como moldura do quadro principal que é a declaração do Senhor
em 2Cr 20:15 – a peleja não é vossa).
Diante
da situação-problema e pressentindo o pavor rondando Jerusalém, Josafá reuniu o
povo e em assembléia solene buscou ao Senhor em oração (nos versos de 2Cr
20:3-6). Ele sabia que antes de
enfrentar qualquer batalha é preciso consultar ao Senhor e buscá-lo em
oração. Mais do que um conhecimento do
potencial do exército e da ameaça inimiga, o rei conhecia o Senhor e o seu
poder e sabia que força e poder estão nas mãos divinas (verso 6).
Quem vê
os problemas apenas se esconde e foge.
Quem tem intimidade com o Senhor dos Exércitos, ora e se fortalece. Assim foi com Josué diante de Jericó (em Js
5:13-15); assim foi com Eliseu diante dos exércitos da Assíria (em 2Rs 6:17) e
assim foi com o próprio Jesus no Getsêmani (em Mt 26:36).
Depois
de ter ouvido a resposta a sua oração por boca profética, mesmo sem ter ainda
visto o fim da batalha, a Bíblia conta que o rei se prostrou com rosto em terra
em adoração ao Senhor (no verso de 2Cr 20:18).
A palavra de Deus é suficiente para que o coração de quem confia nele
possa descansar em segurança. O segredo
não estava numa estratégia geniosa ou impressionante – lembre-se que a batalha
foi ganha com louvor. Mesmo antes da
luta, já era possível cantar a vitória!
Todo
crente fiel que vivencia experiências com o Deus que é mais que vencedor sabe
que pode louvá-lo desde já. Foram estas
as palavras do Sl 42 nos versos 5 e 11 e do Sl 43:5; foi esta a oração de
Hacabuque (em Hc 3:17-18) e assim procedeu Paulo e Silas na prisão (leia At
16:25 – e como foi tremenda a intervenção divina!).
A
história de herois da fé no passado como foi o caso do rei Josafá ainda é para
nós um estímulo e um desafio. Ainda temos
inimigos a nos afrontar. Mas
principalmente ainda temos a nossa frente um Deus que é Senhor dos Exércitos e
peleja por nós. Se a confiança que moveu
Judá no passado ainda é a mesma em nós, então antes de entrarmos em batalha,
que consultemos e busquemos o Senhor em humilde oração e submissão e pela fé
louvemos e nos prostremos agradecidos porque o Leão da tribo de Judá, a Raiz de
Davi, venceu... (exclamação de Ap 5:5).
Que
esta seja a moldura de nossa vida para a glória de Deus!
(Foi publicado originalmente no sítio ibsolnascente.blogspot.com em 23 de abril de 2010)
Glorias a Deus essa palavra é poderosa ,e nos leva a enfrentar os problemas confiando que o Senhor Deus esta a nossa frente.
ResponderExcluirTe desejo um final de semana abençoado.
http://ladymaregina.blogspot.com.br
Amém querida.
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