Uma das
alegrias que tenho em meu currículo é ter cantado O Messias, de Handel – sim, foi numa versão quase completa. Também
deixe-me dizer logo que isso pouco acrescenta à minha carreira
profissional. Como pastor e
escrevinhador, uma peça musical não faz muita diferença!
Tendo
feito tais colocações, volto ao início do texto.
Uma das
alegrias que tenho em meu currículo é ter cantado O Messias, de Handel. Já se
vão quase trinta anos, mas poucas experiências são tão inigualáveis e inesquecíveis
quanto cantar o Oratório, mesmo que apenas sendo mais um no coral. A obra é por si só grandiosa e tem um poder
incalculável de atingir a alma.
Deixe-me
dizer alguma coisa sobre O Messias:
A obra
inteira contém 51 movimentos em três partes e deve durar mais de duas horas a
sua apresentação total. Foi composta a
partir de um argumento de Charles Jennens e teve sua estreia na Páscoa de 1742
– mas é uma obra eterna. Ela apresenta a
vida de Jesus, desde seu anúncio profético, nascimento, vida e ministério;
culminando na segunda parte, que relata sua paixão, com o famoso Aleluia – este, um capítulo à
parte. A terceira parte da obra descreve
a redenção do ser humano a partir da obra do Messias.
Mas,
por que é uma obra tão especial?
Penso
que uma das razões é a história de seu autor e de como a obra foi
composta. G.F. Handel, alemão de
nascimento, mudou-se para a Inglaterra antes dos trinta anos, onde conheceu
sucesso, fama e dinheiro, porém desleixou da herança cristã que recebeu em
casa.
Aos 58 anos
de idade, falido e angustiado, Handel clamou por ajuda divina. E ela veio através de uma encomenda do Duque
de Devonshire, um lorde responsável por algumas casas de caridade na Irlanda.
Na
mesma época o compositor recebeu um pacote de Jennens com a seguinte inscrição
"O Senhor me encarregou de entregar-te" – era uma seleção de textos
bíblicos separados para um oratório a ser escrito. Handel entendeu que era a resposta de Deus às
suas orações e se pôs a escrever.
Por 24
dias Handel esteve trancado, jejuando, compondo e cantando. E é o próprio compositor quem afirma que
neste período acredita ter visto Deus.
Então, como resultado apresentou-nos O
Messias.
E eu
tive o privilégio de cantá-lo. Sou grato
a Deus por isso. A vida do Messias é
inspiradora e apresentada com a majestade da música de Handel fica
sublime. Não somente tem a capacidade de
nos convidar à reflexão, mas também de encaminhar a alma ao Senhor de toda a
obra.
Ora,
não há outra maneira de terminar estas linhas a não ser citando as palavras do
Aleluia:
For the lord God omnipotent reigneth
Pois o Senhor Deus onipotente reina
And He
shall reign forever end ever
E seu reino será para sempre e sempre
King of
kings forever and ever. And Lord of
lords
Rei dos reis para sempre. E Senhor dos senhores.
E os ALELUIAS precisam ser intermináveis.
Tocante e edificante texto!. "O Messias" é completo: tem beleza, poesia, devoção e glorificação.
ResponderExcluirConcordo plenamente. É por isso que afirmei que diante de uma obra como esta os ALELUIAS precisam ser intermináveis.
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