Ao celebrarmos a Ceia do Senhor com a Igreja de
Cristo, celebramos em primeiríssimo lugar a paixão de Cristo, o amor imenso que
levou o nosso Senhor à cruz do Calvário em nosso lugar. Assim, a Ceia é a celebração da auto-entrega
de Jesus por nós. Na cerimônia da Ceia
está o respeito, a devoção e a gratidão e exultação pelo amor doado por Cristo.
A dimensão deste amor-doação deve ser entendida começando
a ouvir as palavras de Cristo: Ninguém
tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus
amigos (Jo 15:13). Nestas palavras
reconhecemos que o amor de Cristo pelos seus está no ápice de qualquer escala
de valoração de amor – se é que possa existir alguma! No Cristo crucificado está reunido todo o
amor que o universo já viu e desfrutou: e tal amor foi para nós – os seus
amigos: ... vos chamo amigos (verso
15).
O texto bíblico traz ainda outras implicações deste
amor. Paulo nos lembra que a prova do
amor de Deus por nós é que Cristo morreu sendo nós ainda pecadores (Rm 5:8). Deus nos amor como nós somos, com todos os
pecados e falhas que trazemos; com nossos traumas e recalques; com nossas
doenças e feridas. Cristo nos aceitou e
se dispôs a morrer por cada um de nós, mesmo nos conhecendo.
A Tito também é dito que o objetivo do amor de Deus,
que se fez dádiva e dom gratuito em Jesus Cristo, foi para nos remir de toda a
iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras (Tt 2:14). No amor de Deus que nos aceitou como somos
está também a maravilhosa graça poderosa que nos faz nova criatura. Cristo não só nos valorizou em nos aceitar,
como também nos deu valor em nos transformar.
Diante destes elementos da Ceia do Senhor, quando
trazemos em memorial tudo o que ele fez por nós, celebremo-lo o amor-doação
que, em Cristo, Deus deu um valor que equivale ao seu precioso sangue.
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