As lombadas, aquelas saliências que são colocadas em ruas e estradas também conhecidas como quebra-molas, imagino que elas foram criadas junto com a transformação de nossas cidades ao se privilegiar os carros como ícones máximos da civilização. Imagino também que sua colocação foi resultado da necessidade de se disciplinar o uso de automóveis frente a outros similares e demais transeuntes.
Mas há aquelas lombadas que não fazem parte de
qualquer projeto ou planejamento de trânsito, elas estão ali como
inconvenientes: aleatórios e circunstanciais. São rugas em nossas vias
que as enfeiam e maculam e tornam nosso ir-e-vir mais chato e desconfortável.
Seja qual for a sua origem ou a sua configuração,
uma lombada é uma coisa que nos serve de parábola para compreender a caminhada
da vida. Acompanhe comigo como acontece: indo ou vindo, dirigindo por
estas ruas, a lombada me força a frear, reduzir a marcha, olhar e passar com
cuidado. Depois posso seguir em meu trajeto, até que outra lombada me
faça repetir o procedimento e então, finalmente, chegue ao meu destino.
É claro que sei que quando é o caso de lombadas
planejadas, a redução de velocidade se mostra necessária e é então, por isso
mesmo, forçada. Mas quando é apenas imperfeição do terreno, pode nem
haver justificativa circunstancial, mas resulta no mesmo: tem que passar
devagar.
Vejo que assim é a vida. Enquanto transito
por ela, buscando alcançar o meu destino, em diversos momentos me vejo obrigado
a passar por lombadas, e então é imperioso frear a vida, reduzir a marcha,
olhar e passar com cuidado antes de seguir mais um pouco. E não importa
quem, ou o que, colocou o obstáculo ali.
Mas vou um pouco à frente nesta parábola. É
passando devagar na lombada da vida que tenho a oportunidade de perceber em
detalhes da vida que tenho levado, as pessoas que me cercam e a própria estrada
da vida que tenho trilhado. E dando atenção a isso posso inclusive
corrigir meus posicionamentos e rotas quando necessário.
Ainda outra observação sobre a lombada que deve-se
fazer nesta parábola. A reação a ela depender não somente do seu tamanho
mas também, e em grande parte, do veículo com o qual se trafega. Se viajo
com um off-road, ou algo parecido, as lombadas poderão ser superadas com menos
sacrifício. Se meu carro é um modelo mais delicado e sensível, as
imperfeições do terreno haverão de parecer mais incômodas.
Então volto a olhar a vida. Se já estou
calejado, chego a entender que as lombadas são parte integrante da paisagem e
as supero como quem prossegue com mais robustez e experiência em direção ao
desafio seguinte. Se a vida me fez frágil, cada nova lombada é um novo
suplício a encarar.
Seja como for, parece inevitável que na viagem da
vida algumas lombadas estejam espalhadas pelo trajeto – algumas propositais,
outras acidentais. A diferença será como eu passo por cima delas.
Que Cristo – o caminho, verdade e vida – possa me fazer vencê-las e nunca
desistir da caminhada. Para a glória dele.
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TU ÉS DIGNO - Uma leitura de Apocalipse
DE ADÃO ATÉ HOJE - Um estudo do Culto Cristão
"Volta para tua casa,e conta tudo quanto Deus te fez".Lucas 8:39.
ResponderExcluirBom dia,Meu querido Pastor/Professor.Amo tudo o que escreves.
Um Abraço.
Obrigado,querida.
ExcluirA glória seja a Deus.
Um abraço