terça-feira, 29 de julho de 2025

ASSIM FALA O ETERNO – Amós e a Palavra Profética

 


Assim fala o ETERNO ...”
(Am 1:3)

Em Amós começou uma nova fase no profetismo em Israel – profetismo clássico – mas essa nova fase não seria marcada por uma ruptura com as tradições espirituais da nação, mas por uma releitura, reavivamento e reaplicação dessas tradições.  Assim o que liga Amós a Moisés, Samuel e Elias que o antecederam e a Isaias, Jeremias e Ageu que o sucederam foi a relação pessoal deles com Javé, o Deus de Israel, e o apego às suas tradições mais fundamentais.

A vivíssima consciência da vocação que Amós apresentou foi fundada no fato de que Deus irrompeu em sua vida para ocupá-la e colocar em sua boca a palavra profética.  Logo: ser chamado e profetizar estariam em relação direta de causa e efeito.

O profeta enquanto escolhido restava santificado, ou seja, separado a estar numa estreita relação com Javé que se tornava assim seu Deus.  E nas palavras de Nother Fuelister, Deus é quem consagrava o profeta que, por sua vez, obtinha com isso acesso e possibilidade de visão do mundo sobrenatural e celeste, o que lhe outorgava percepção e reunião dos planos divinos.

Assim, a principal característica do profeta era sua imediateza com Deus e possuir na sua boca a palavra dele.  E em razão disso, o profeta se mostrava capaz de dar nova vida e atualidade à tradição que, sem ele, correria o risco de se fossilizar ou tornar-se insípida e irrelevante.

 

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