“Assim
fala o ETERNO ...”
(Am 1:3)
Em Amós começou
uma nova fase no profetismo em Israel – profetismo clássico – mas essa nova
fase não seria marcada por uma ruptura com as tradições espirituais da nação,
mas por uma releitura, reavivamento e reaplicação dessas tradições. Assim o que liga Amós a Moisés, Samuel e
Elias que o antecederam e a Isaias, Jeremias e Ageu que o sucederam foi a
relação pessoal deles com Javé, o Deus de Israel, e o apego às suas tradições
mais fundamentais.
A vivíssima
consciência da vocação que Amós apresentou foi fundada no fato de que Deus
irrompeu em sua vida para ocupá-la e colocar em sua boca a palavra
profética. Logo: ser chamado e
profetizar estariam em relação direta de causa e efeito.
O profeta
enquanto escolhido restava santificado, ou seja, separado a estar numa estreita
relação com Javé que se tornava assim seu Deus.
E nas palavras de Nother Fuelister, Deus é quem consagrava o profeta
que, por sua vez, obtinha com isso acesso e possibilidade de visão do mundo
sobrenatural e celeste, o que lhe outorgava percepção e reunião dos planos
divinos.
Assim, a
principal característica do profeta era sua imediateza com Deus e possuir na
sua boca a palavra dele. E em razão disso,
o profeta se mostrava capaz de dar nova vida e atualidade à tradição que, sem
ele, correria o risco de se fossilizar ou tornar-se insípida e irrelevante.
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