Em 1913
Aracaju era uma jovem cidade. Com pouco mais de meio século de fundação,
Aracaju, com suas ruas em xadrez, era uma cidade planejada que se abria com
perspectivas de futuro.
Naquelas
primeiras décadas do século XX, a cidade via acontecer o seu primeiro boom de desenvolvimento comercial e
industrial. Ela então deixava de ser apenas uma utopia de sonhadores para
assumir sua vocação de capital de todos os sergipanos.
Foi
também lá em 1913 que alguns irmãos e irmãs, vindo das Alagoas, atravessaram
o Rio São Francisco e, chegando às margens do Rio Sergipe, fundaram aqui uma
Igreja Batista - a primeira em solo de Sergipe del Rey: a Primeira Igreja
Batista de Aracaju - a nossa PIBA.
No
princípio, o grupo foi pequeno e talvez aquela dezena de crentes não tenha se
feito notar entre as pouco mais de 35 mil pessoas que viviam em Aracaju à
época. Mas é verdade que aqueles pioneiros fizeram história, estabeleceram-se
e fincaram suas marcas nesta terra. E se hoje a PIBA é centenária,
devemos a eles.
Agora
estamos em 2013. E me vejo levado a pensar nas palavras bíblicas que leio em Pv
22:28 - "não mude de lugar os antigos marcos que foram colocados por seus
antepassados". Até posso entender que a direção do provérbio possa ser
outra, mas me sinto à vontade em Cristo para atualizar as palavras sagradas.
Aqueles
homens e mulheres de 1913, bem como os de 1923, 1933... deixaram para nós
referências, mesmo que elas hoje nos pareçam longínquas, mas são marcas que não
podemos relegar à bruma do esquecimento.
Assim,
quando já nos dispomos a olhar o que seguirá 2013, 2023, 2033... Que os marcos
antigos estejam bem fincados - somos o que somos pela graça e riqueza de nossa
herança - e que assumamos o desafio profético de Isaías: "alargue o lugar
de sua tenda... estique suas cordas e firme suas estacas" (Is 54:2).
Glória
ao Senhor da Igreja por 1913 e por 2013.
(Lá em cima, uma imagem da Ponte do Imperador, tradicional marco da cidade de Aracaju, num registro do século passado)