“Ouçam
esta palavra, vocês vacas de Basã ...”
(Am 4:1)
Depois de uma
passagem poética quando, de maneira genérica, Amós denunciou erros e mostrou o
fim das nações que cercavam Israel e Judá – terminando por denunciar também o
próprio Israel – o profeta começou então as suas acusações contra os problemas
específicos pelos quais passava a nação.
Assim ele foi buscar o problema nas suas causas: as intenções e pecados
o próprio povo. E para exemplificar, ele
tomou o caso das mulheres israelitas a quem comparou com as vacas de Basã.
Basã era uma
região a leste do Jordão famosa por suas ricas pastagens e gado nobre. Seus touros eram fortes de aspecto (veja Sl
22:12). Amós não estava falando somente
aos “touros”, aos governantes e líderes de Israel, mas também às mulheres que
com suas exigências e ambições dispendiosas, estavam levando os maridos a
praticar injustiças para satisfazer seus caprichos cobiçosos de obter mais e
mais luxo e poder. Para Amós, as vacas
eram o símbolo do espírito gozador das mulheres de Samaria.
Mas “jurou o
Senhor Deus, pela sua santidade, que dias estão para vir sobre vós, dias em que
vos levarão com anzóis, e aos que sairdes por último com anzóis de pesca (Am
4:2).
O pecado e a
injustiça não ficariam impunes.
Imediatamente após a denúncia deles veio o anúncio do juízo de Deus: o
aparentemente fortificado Reino de Israel estava prestes a cair, as muralhas da
cidade seriam estragadas pela invasão, e pelas brechas seriam arrastadas as
mulheres orgulhosas, levadas ao cativeiro, como se leva uma manada de vacas.