terça-feira, 19 de agosto de 2025

DESPREZO SUAS FESTAS – Amós e a Palavra Profética

 


Eu odeio e desprezo suas festas e não saboreio suas reuniões sagradas.”
(Am 5:21)

Chegou o momento em que Javé daria um “basta!” a tudo que estava ocorrendo em Israel.  O povo de Israel mantivera a forma de adoração prescrita na Lei, mas a despojara de seu valor espiritual.  O expurgo de Jeú obrigou a nação a abandonar o culto a Baal e se voltar exclusivamente a Javé, mas isso não foi suficiente para que o povo o fizesse de coração.

O profeta Amós tinha consciência que a desgraça iminente que sobreviria a Israel era consequência dos desvios na prática da justiça social do próprio povo.  Mas ele foi além na busca das reais causas de tanta desgraça em Israel: o culto a Javé havia se resumido a mero formalismo, o povo só lembrava a aliança em sua parte referente às bênçãos de Javé.  E o culto e a aliança já não traziam implicações para a vida diária de Samaria.

A religião perdera o seu valor de comunicação do ser humano com o seu Deus e a função de preservativo da sociedade, paralelamente à prática da opressão pelos ricos, ainda nas palavras de Bonora, eles viam no culto uma droga eficaz que acalmava suas consciências.  Com isso não tinham medo do julgamento divino pois este lhe seria favorável.  Eles criam que, em cumprindo os rituais, estariam longínquos os dias de ruina.  Mas, como denunciado pelo profeta, de fato se apressava o advento da violência devastadora do inimigo (veja Am 6:3).

A rejeição do culto formalístico que não estava mais em conformidade com a práxis social foi taxativa e o apelo foi claro e poético: “corra, porém, a justiça como as águas, e a retidão como um ribeiro perene” (Am 5:24).

 

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