“Eu
odeio e desprezo suas festas e não saboreio suas reuniões sagradas.”
(Am 5:21)
Chegou o momento
em que Javé daria um “basta!” a tudo que estava ocorrendo em Israel. O povo de Israel mantivera a forma de
adoração prescrita na Lei, mas a despojara de seu valor espiritual. O expurgo de Jeú obrigou a nação a abandonar
o culto a Baal e se voltar exclusivamente a Javé, mas isso não foi suficiente
para que o povo o fizesse de coração.
O profeta Amós
tinha consciência que a desgraça iminente que sobreviria a Israel era
consequência dos desvios na prática da justiça social do próprio povo. Mas ele foi além na busca das reais causas de
tanta desgraça em Israel: o culto a Javé havia se resumido a mero formalismo, o
povo só lembrava a aliança em sua parte referente às bênçãos de Javé. E o culto e a aliança já não traziam
implicações para a vida diária de Samaria.
A religião
perdera o seu valor de comunicação do ser humano com o seu Deus e a função de
preservativo da sociedade, paralelamente à prática da opressão pelos ricos,
ainda nas palavras de Bonora, eles viam no culto uma droga eficaz que acalmava
suas consciências. Com isso não tinham
medo do julgamento divino pois este lhe seria favorável. Eles criam que, em cumprindo os rituais,
estariam longínquos os dias de ruina.
Mas, como denunciado pelo profeta, de fato se apressava o advento da
violência devastadora do inimigo (veja Am 6:3).
A rejeição do
culto formalístico que não estava mais em conformidade com a práxis social foi
taxativa e o apelo foi claro e poético: “corra, porém, a justiça como as águas,
e a retidão como um ribeiro perene” (Am 5:24).
Leia
mais sobre Amós e a Palavra Profética –
→ Assim fala o Eterno (Amós
1:3) – link
→ Vacas de Basã (Amós 4:1) – link
→ Odeiam na porta (Amós
5:10) – link
→ Quando passar a Lua Nova (Amós 8:5) – link
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