Reconhecemos que em sua eternidade, Deus decidiu criar o universo
– assim principia o tempo e o primeiro momento.
E, dentro dele, homens e mulheres que lhe representassem como imagem e
semelhança (assim afirmam os textos que narram a criação no Gênesis 1 e 2).
É verdade também que ao criar o tempo e o espaço e neles colocar
suas criaturas, Deus não foi em nada diminuído, nem seus atribuídos
tolhidos. Ele permanece em sua
eternidade onisciente – conhecedor do tudo em todas as eras e lugares.
E assim foi que fez o ser humano incompleto em sua essência e
submetido à sequência de tempo. Mas
dotado de uma centelha da própria divindade, pois soprou nele do seu próprio fôlego.
Aqui então, convém entender que entre os atributos divinos
compartilhados com as criaturas humanas está o da liberdade. Deus é absolutamente livre e nada o
condiciona ou limita sua vontade e seu agir.
E um pouco dessa característica também foi dada ao ser humano.
Vamos esticar mais um pouco o conceito. Deus é criativo (Sl 148:5), ao ser humano foi-lhe dada criatividade e inventividade. Deus pensa (Rm 11:33-34), o ser humano é racional. Deus sente (Dt 30:9 / Sf 3:17), somos tomados de emoções. Deus se lembra (Sl 115:12), temos memória. Deus se move por objetivos (Jr 29:11), o ser humano faz planos. E principalmente: Deus tem vontade (Is 43:13), e nós também.
E nestes detalhes da nossa constituição como
seres humanos que podemos detectar a imagem de Deus.
(Da Revista DIDASKALIA – 1º quadrimestre / 2023 – IBODANTAS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário