Em toda
a Bíblia o nosso Deus é conhecido por vários nomes. Em cada novo aspecto de sua revelação, cada
nova compreensão de sua infindável essência, um novo nome e atributo lhe era
reconhecido.
Entre
tais nomes e atributos, o profeta Jeremias o chamou de O Senhor Justiça Nossa
(Jr 23:6). Em outras palavras: o nosso
Deus é absolutamente Justo.
Então,
como observar esta justiça que define o Deus a quem hoje prestamos culto?
Numa
visão rápida e inicial eu diria que a justiça perfeita de Deus pode ser
percebida em diversos aspectos ainda do Antigo Testamento. Veja por exemplo:
Um. A justiça de Deus está em ter ele promulgado
leis para seus povo (Lv 27:34). Dois.
Está em tratar a todos por igual (Lv 19:15). Três. Está nas instruções quanto à equidade (Pv
11:1). Ou quatro. Está no fundamento
das palavras proféticas (Am 5:24).
Mas,
embora todas estas verdades sejam fundamentalmente bíblicas, não será por isso
apenas que hoje quero reconhecer o meu Senhor como sendo a minha verdadeira
justiça. E para entender este que
considero o principal argumento, vamos mais adiante.
Na Lei
antiga, bênçãos e maldições haviam sido prescritas para homens e mulheres a
partir da obediência ou não dos divinos ordenamentos (Dt 11:26-28). Contudo ninguém foi capaz de se manter
inocente diante de tais ditames (Rm 3:23).
Então as conseqüências seriam fatais, pois para que a justiça se fizesse
era requerido o sangue (Rm 6:23 e Hb 9:22).
Mas
Deus prova seu amor para conosco em ter enviado seu Filho (Rm 5:8). No Filho de Deus toda a justiça da Lei é satisfeita. No Unigênito Encarnado que se fez injusto
está aplicada toda a nossa pena.
Mas
nele mesmo também se funde toda a manifestação da misericórdia e amor – ninguém
tem maior amor que este!
Em
Cristo Jesus está demonstrado todo o amor divino e sua justiça plena. O Deus que é amor também é justiça nossa.
Por
isso celebramos com júbilo ao Senhor; por que seu amor dura para sempre e a sua
justiça é de geração em geração (Sl 100).
(A partir de um sermão pregado no culto de
ação-de-graças pela formatura de meu filho André no curso de Bacharelado em
Direito)
Nenhum comentário:
Postar um comentário