sexta-feira, 17 de novembro de 2017

SOMOS O BARRO

Ouvi, não faz muito tempo, uma valiosa mensagem proferida pelo amigo e colega pastor Pedro Alexandre (da IB de Estância – aqui em Sergipe).  A reflexão tomou como base o texto da profecia de Isaías que diz: 
Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai,
nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro;
e todos nós, obra das tuas mãos. 
(Is 64:8)
Logo depois da celebração do culto, fui falar com o colega e solicitei autorização para compartilhar pelo menos o esboço e algumas ideias principais aqui neste espaço.
Assim, com a devida aquiescência, comecemos de novo com os pontos principais e alguma pitada pessoal.

SOMOS O BARRO


O ensinamento bíblico diz que nós fomos feitos pelo próprio Deus a partir do pó da terra – do barro.  E é observando o barro que aprenderemos quem somos e quem realmente poderemos ser.
Estas são algumas características do barro.
1.       Nulidade – o barro em si não vale nada.  Não gera riqueza.  Tem muito dele por aí e ninguém luta por ele.  As nações lutam por recursos: ouro, petróleo; mas não por barro.  Ele é comum e frágil.
2.      Fragilidade – diferente de metais ou outros materiais, o barro é sempre frágil.  Em estado natural pode ser diluído facilmente com apenas um pouco de água.  Deformado e reformado.  E se vai ao forno, de lá sai quebradiço.
3.      Involuntariedade – ele pode tomar diversas formas.  Pode ser constantemente deformado e reformado – desfeito e refeito.  E qualquer punhado de barro pode servir para se fazer qualquer coisa. 
E aqui começa a diferença.  O segredo e potencial nunca está no barro – ele continua sendo sem valor, frágil e sem vontade própria.
— Barro não faz birra!
Então, exatamente por isso, o barro se converte na matéria prima perfeita nas mãos do artista.
Quando uma simples matéria prima, um barro qualquer, passa pelas mãos do artista o que era mediocridade vira arte.  O que era nulidade ganha valor – vale uma fortuna.  O que era fragilidade enriquece em densidade – alcança significado.  O que era involuntariedade se objetiva, toma forma – encontra razão de ser.
E antes que haja dúvida: Deus é um eximindo artista, criativo e fecundo!
Assim, quero terminar como o profeta, com um reconhecimento e uma oração:
Meu Deus e meu Pai.  Com alegria me entrego completamente a ti.  Tu és o gracioso oleiro e eu um simples barro.  Em tuas mãos a arte santa e eterna se fazem mim.  E que seja para tua glória.  Amém.

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