Ouvi, não faz muito tempo, uma
valiosa mensagem proferida pelo amigo e colega pastor Pedro Alexandre (da IB de
Estância – aqui em Sergipe). A reflexão
tomou como base o texto da profecia de Isaías que diz:
Mas agora, ó Senhor,
tu és nosso Pai,
nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro;
e todos nós, obra das tuas mãos. (Is 64:8)
nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro;
e todos nós, obra das tuas mãos. (Is 64:8)
Logo depois da celebração do
culto, fui falar com o colega e solicitei autorização para compartilhar pelo
menos o esboço e algumas ideias principais aqui neste espaço.
Assim, com a devida aquiescência,
comecemos de novo com os pontos principais e alguma pitada pessoal.
SOMOS O BARRO
O ensinamento bíblico diz que nós
fomos feitos pelo próprio Deus a partir do pó da terra – do barro. E é observando o barro que aprenderemos quem
somos e quem realmente poderemos ser.
Estas são algumas características
do barro.
1. Nulidade – o barro em si não vale
nada. Não gera riqueza. Tem muito dele por aí e ninguém luta por ele. As nações lutam por recursos: ouro, petróleo;
mas não por barro. Ele é comum e frágil.
2. Fragilidade – diferente de metais
ou outros materiais, o barro é sempre frágil.
Em estado natural pode ser diluído facilmente com apenas um pouco de
água. Deformado e reformado. E se vai ao forno, de lá sai quebradiço.
3. Involuntariedade – ele pode tomar
diversas formas. Pode ser constantemente
deformado e reformado – desfeito e refeito.
E qualquer punhado de barro pode servir para se fazer qualquer coisa.
E aqui começa a diferença. O segredo e potencial nunca está no barro – ele
continua sendo sem valor, frágil e sem vontade própria.
— Barro não faz birra!
Então, exatamente por isso, o
barro se converte na matéria prima perfeita nas mãos do artista.
Quando uma simples matéria prima,
um barro qualquer, passa pelas mãos do artista o que era mediocridade vira arte. O que era nulidade ganha valor – vale uma
fortuna. O que era fragilidade enriquece
em densidade – alcança significado. O
que era involuntariedade se objetiva, toma forma – encontra razão de ser.
E antes que haja dúvida: Deus é um
eximindo artista, criativo e fecundo!
Assim, quero terminar como o
profeta, com um reconhecimento e uma oração:
Meu Deus e meu Pai. Com alegria me entrego completamente a ti. Tu és o gracioso oleiro e eu um simples barro. Em tuas mãos a arte santa e eterna se fazem
mim. E que seja para tua glória. Amém.
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