A
partir do capítulo 21 de Apocalipse nós lemos a descrição da visão final de
João sobre os eventos gloriosos dos últimos tempos. Depois de transcrever
as cartas, de contemplar o trono, de testemunhar a ruína da besta e a
convocação dos lavados pelo sangue e de adorar junto com os seres viventes;
depois disso tudo, o apóstolo ouve a voz do trono que declara a vitória
definitiva do Cordeiro.
Desta
narração das bodas eternas me chama a atenção logo de início que as primeiras
coisas já são passadas (atestado no verso de Ap 21:4). O antigo céu e a
antiga terra, com seus espinhos, dores e lágrimas se acabaram. O
provisório deu lugar ao definitivo. O ainda
não deu lugar ao agora eterno de
Deus. Os novos céus se abrem para receber aqueles que venceram e, já de
posse da coroa da vida, agora podem desfrutar da companhia estimada do noivo e
celebrar a presença do tabernáculo de Deus com os homens.
É a
festa da presença absoluta entre nós! É exatamente aqui onde se cumprem
as palavras de Paulo quando diz que as aflições deste tempo presente – com suas
mazelas e doenças – hão de dar lugar a incomparável glória em nós revelada
(como gosto de Rm 8:18!). Enfim chegou o dia: minha face será limpa das
lágrimas que hoje insistem em correr e assim poderão brilhar refletindo a luz
que vem do trono.
Claro
que isso só é possível por que aquele que está sentado sobre trono declara que
faz pessoalmente novas todas as coisas (dito no verso de Ap 21:5). Isso
quer dizer que o novo não é produzido a partir de elementos tirados do
velho. Os novos céus não são simples herança transmudada do velho céu. O
velho já não existe e o todo novo agora acontece.
Com
alegria percebo que aquele que realiza tanto o querer quanto o efetuar
(expressão tirada de Fl 2:13); o que do nada traz tudo a existência (expressão
aprendida de Hb 11:3); sim, é ele que faz acontecer para sua noiva o reino que
está preparado desde antes da fundação dos séculos (expressão encontrada em Mt 25:34).
Mas
quem é ele? É o Alfa e o Ômega, o
Princípio e o Fim (declarado em Ap 21:6). Aquele que não conhece
limites para o seu poder pois abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre
(escrito à igreja de Filadélfia em Ap 3:7). Este é o Cordeiro que foi
morto mas vivo está (confira Ap 1:18) e a quem foi dado todo o poder nos céus,
na terra e debaixo dela (ele o declarou em Mt 28:18).
O
Soberano supremo, Senhor dos senhores, Rei dos reis, aquele que era, que é e
que havia de vir (palavras de Ap 1:8). Finalmente chegou o grande dia do
Senhor em que ele, postado no seu trono, receberá toda glória, honra, louvor e
adoração. É ele que faz tudo novo!
Hoje
quando releio as palavras da descrição desta visão final de João lá em Patmos,
sou levado a me juntar desde já àquela multidão e bradar: Aleluia pois reina o Senhor e chegou a hora da festa (o canto está
em Ap 19:6-7).
(Reflexão publicada originalmente no sítio
ibsolnascente.blogspot.com em 19/02/2009.
A imagem lá em cima é um detalhe da Nebulosa Horsehead e foi capturada a bordo
do Ônibus Espacial Discovery em comemoração ao 23º aniversário do lançamento do
Hubble ainda em 2009.
Fonte: hubblesite.org)
Fonte: hubblesite.org)
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Disponível na:
AD Santos Editora
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