Na
primeira segunda-feira do ano levantei cedo, cuidei de todos os prefácios
matinais e fui até o ponto do ônibus pegar a condução para ir ao trabalho. Nada de excepcional. Ir e vir de ônibus não é novidade – eu o faço
com relativa frequência e até já postei sobre isso mais de uma vez.
Então,
além do fato de ser o início da primeira semana efetiva do ano depois das
festividades, nada de mais. Fiquei entre
5 e 10 minutos (não cronometrei), o ônibus chegou, cheguei ao terminal, troquei
de linha e prossegui. Quase uma hora
depois de ter fechado a porta de casa, estava diante de minha mesa de trabalho. Continuo na rotina.
Cheguei
a fazer algumas anotações sobre o que observei neste trajeto, pensei em
refletir sobre o peso da rotina do trabalhar, ou aspectos sociológicos da
interseção social forçada, mas larguei tudo prá lá. Era só a primeira segunda de 2014. O rascunho não foi adiante e agora já nem sei
onde coloquei o papel rabiscado.
Neste
caso vou retomar apenas do que me lembro de ter chamado minha atenção e ocupado
minhas ideias naquela manhã cedo.
— Eh! Segunda-feira cedo também se pensa!!!
Vamos
lá:
Lembro-me
de ter achado curioso ter lido algo sobre mobilidade urbana; e ter reforçado a
ideia de que o termo pouco representa além de discurso de engravatado em sala
com ar-condicionado. Muita teoria e
práticas escassas de serventia igualmente poucas para o bem comum.
Enquanto
o próprio povo que precisa tomar lotação todo santo dia (e a palavra é essa
mesma: precisa – por que ninguém pega
ônibus lotado suando já de manhã cedo por amar aquilo!). Sim, enquanto eles, ou melhor nós – eu também
estou lá – formos apenas rebanho em pau-de-arara pagando caro por serviço
barato...
Mas
antes que o parlatório político tome conta, deixe-me voltar ao que lembro.
No
ponto do ônibus, notei que passaram diversos carros – era hora de ir ao batente. Mas o que chamou à atenção foi constatar que
a absoluta maioria era ocupado quase que exclusivamente pelo motorista. Aqui ou ali, dois ou três passageiros. Mas isso foi exceção.
— Não
vou criticar, se não estivesse esperando também minha condução talvez o meu
carro tivesse passado por ali só com o motorista! Não sou juiz de ninguém.
A
questão é que o carro passou a ser necessidade nesta sociedade. – Lá vou eu de novo com reflexão sociológica.
Mas,
fala sério! Um carro de quatro metros, no mínimo, todo dia consumindo
combustível exclusivo, poluindo em escala, entulhando as vias e descarregando stress para todo lado servindo a apenas
um ser humano. Tem alguma coisa errada!
Mas já
está bom por hoje. Queria falar ainda
sobre as pessoas dentro do coletivo. Também
observei isto. Acho que daria uma boa
reflexão, mas vai ficar para outra vez...
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