terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A PRIMEIRA SEGUNDA DE 2014

Na primeira segunda-feira do ano levantei cedo, cuidei de todos os prefácios matinais e fui até o ponto do ônibus pegar a condução para ir ao trabalho.  Nada de excepcional.  Ir e vir de ônibus não é novidade – eu o faço com relativa frequência e até já postei sobre isso mais de uma vez.
Então, além do fato de ser o início da primeira semana efetiva do ano depois das festividades, nada de mais.  Fiquei entre 5 e 10 minutos (não cronometrei), o ônibus chegou, cheguei ao terminal, troquei de linha e prossegui.  Quase uma hora depois de ter fechado a porta de casa, estava diante de minha mesa de trabalho.  Continuo na rotina. 
Cheguei a fazer algumas anotações sobre o que observei neste trajeto, pensei em refletir sobre o peso da rotina do trabalhar, ou aspectos sociológicos da interseção social forçada, mas larguei tudo prá lá.  Era só a primeira segunda de 2014.  O rascunho não foi adiante e agora já nem sei onde coloquei o papel rabiscado.
Neste caso vou retomar apenas do que me lembro de ter chamado minha atenção e ocupado minhas ideias naquela manhã cedo.
— Eh! Segunda-feira cedo também se pensa!!!
Vamos lá:
Lembro-me de ter achado curioso ter lido algo sobre mobilidade urbana; e ter reforçado a ideia de que o termo pouco representa além de discurso de engravatado em sala com ar-condicionado.  Muita teoria e práticas escassas de serventia igualmente poucas para o bem comum. 
Enquanto o próprio povo que precisa tomar lotação todo santo dia (e a palavra é essa mesma: precisa – por que ninguém pega ônibus lotado suando já de manhã cedo por amar aquilo!).  Sim, enquanto eles, ou melhor nós – eu também estou lá – formos apenas rebanho em pau-de-arara pagando caro por serviço barato...
Mas antes que o parlatório político tome conta, deixe-me voltar ao que lembro.
No ponto do ônibus, notei que passaram diversos carros – era hora de ir ao batente.  Mas o que chamou à atenção foi constatar que a absoluta maioria era ocupado quase que exclusivamente pelo motorista.  Aqui ou ali, dois ou três passageiros.  Mas isso foi exceção.
— Não vou criticar, se não estivesse esperando também minha condução talvez o meu carro tivesse passado por ali só com o motorista! Não sou juiz de ninguém.
A questão é que o carro passou a ser necessidade nesta sociedade.  – Lá vou eu de novo com reflexão sociológica.
Mas, fala sério! Um carro de quatro metros, no mínimo, todo dia consumindo combustível exclusivo, poluindo em escala, entulhando as vias e descarregando stress para todo lado servindo a apenas um ser humano.  Tem alguma coisa errada!
Mas já está bom por hoje.  Queria falar ainda sobre as pessoas dentro do coletivo.  Também observei isto.  Acho que daria uma boa reflexão, mas vai ficar para outra vez...

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