Chegamos a 2013. Imaginei este ano muito durante a
minha infância. Sabia que a minha igreja aqui em Aracaju – a PIBA – estaria
completando 100 anos e eu ficava imaginando como seria o mundo e como eu mesmo
estaria quando chegasse aqui. Chegamos. Não que esteja frustrado, pelo
contrário, mas com certeza é bastante diferente daquilo que supunha.
Aqui, agora, eu me proponho o caminho inverso:
chegando a 1913. Há cem anos. O que aquele ano trouxe?
Em 1913 o Brasil era presidido pelo gaúcho Hermes
da Fonseca, seu oitavo presidente e sobrinho do Marechal Deodoro. Sergipe
governado por Siqueira de Menezes e Aracaju administrado por Aristides Napoleão
de Carvalho.
Olhando para Convenção Batista Brasileira, a sua 7ª
Assembléia reunida naquele ano voltou a cidade de Salvador, sendo presidida
pelo Pr. Joaquim F. Lessa e tendo como orador oficial o pastor americano D.L.
Hamilton.
Se for considerar a minha própria família, o meu
avô Apolônio de Seixas Nogueira completou 26 anos de idade lá em Corrente, no
Piauí em 1913 (acho que da perspectiva dele, Aracaju era coisa de outro
mundo!).
O ano de 1913 aconteceu. O mundo ainda buscando se
reconstruir depois das crises econômicas e da guerra da década anterior
acompanhava os esforços finais para a construção do Canal do Panamá (inaugurado
pelos EUA em outubro daquele ano). O Brasil homologou a divisão oficial do seu
fuso horário em quatro faixas. E o governador de Sergipe tentou emplacar seu
nome ao tradicional Bairro Industrial da capital, fato que foi rejeitado pela
população (e pelo jeito esta esquisitice aracajuana de autoridade mudar nome de
logradouro e o povo desconsiderar não é novidade!).
E se o caso for olhar para as vizinhanças da data
centenária: 19/09/1913 foi uma sexta-feira de lua cheia e pouco depois (dia 30)
testemunhou-se um eclipse solar. Naquela semana, O Jornal Baptista (Ano XIII – no.
38) trazia sua principal manchete: Um
novo templo Baptista – em Jundiahy E. de S. Paulo (a reprodução está ali na
imagem conforme achei no portal batistas.org e guardo aqui a grafia da época).
É claro que não lembro pessoalmente de nada disso –
só nasci mais de cinco décadas depois – mas, meia horinha fuçando na internet é
fácil achar isso tudo.
Hoje eu digo: e já se vão cem anos...
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