terça-feira, 11 de agosto de 2020

FAUNA BÍBLIA – NOVO TESTAMENTO

Continuando a relação da fauna bíblica (reveja aqui as listas dos AT), aqui vai a lista de animais que encontro no Novo Testamento - também aqui não tive a preocupação de totalizar os animais.

 

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

LOUCO – by JOÃO ALEXANDRE

 

Em 1996 o compositor paulista João Alexandre gravou a canção “Louco” no álbum “Voz e Violão”.

João Alexandre, para quem gosta de música cristã brasileira com qualidade excepcional, é conhecimento obrigatório.  Então dispensa apresentação.  E se você não gostou da locução adjetiva “qualidade excepcional”, eu sinto muito, mas vou mantê-la.

Feito esse comentário inicial, convido você a dar atenção à música.  E a primeira referência que me vem à mente é Jesus concluindo mais uma de suas narrativas:

— Homem!  Larga de tolice!  Essa noite você vai seguir o destino de todos os homens!  E tudo o que você juntou, vai ficar para quem? (Lc 12:20).

Indo adiante da citação quase explícita na canção de João Alexandre, a parábola de Jesus me ajuda a entender nulidade ou despropósito da vida e de como podemos buscar algum sentido e objetivo para nossa existência.

Assim temos um personagem em comum: um louco, um tolo.  E, como bom nordestino que sou, diria: um demente, um abestado!

Porém o desatino cantado pelo brasileiro expande a loucura da lição do Mestre – e o faz de maneira apropriada e significativa (eu diria que faz uma boa hermenêutica do texto). 

Além de que, só com voz e violão – é assim na gravação original – o gingado da melodia nos escancara que loucura mesmo é se deixar escoar no vazio de alma e vida.  Loucura é uma vida inútil.  Loucura é correr atrás do vento (essa expressão é de Ec 1:14).

E nesse oco o homem vai e vem dessa procura e não se encontra.  Insiste.  Continua pé na estrada.  Mochila carregada, mas existência desvairada. Tenta um baseado, mas não sai dessa lontra.

Então, a questão é inevitável: “de que valeu a tua vida?”

Mas certamente há uma loucura maior que pode reverter esse quadro e trazer novo sentido à passagem humana nessa existência.  A expressão ressignificação está na moda! 

Há alguém bem mais louco do que tudo que você já conheceu.  Porque loucura mesmo é o amor daquele que numa cruz morreu. 

O apóstolo Paulo já dizia que isso é pura coisa doida para quem busca sabedoria (leia lá em 1Co 1:23).

Ora, foi na sandice da cruz que Cristo, perdoando os pecados, nova vida ofereceu pra tirar dessa loucura gente como você e eu.

É na loucura da cruz que Deus dá sentido a minha caminhada e me traz de volta para o que ele me criou.

Que a minha loucura vazia se transmude em plenitude na loucura gloriosa da cruz.

 

E se você quiser ouvir uma versão muito boa, sugiro a interpretação do Casal Moraes (@moraes.casal) que você pode achar no YouTube

 

 

 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

FAUNA BÍBLICA - ANTIGO TESTAMENTO

O mundo bíblico aconteceu em um ambiente completamente distinto daquele que hoje vivemos. Muito dessas diferenças podem ser percebidas nos contatos que eles tinham com os animais que os cercavam.

Para ter uma ideia daquele mundo, veja aí três quadros dos animais citados nas páginas do AT - reconheço que a lista não está completa, mas trago aqui alguns que aponto como referência.

 

ANIMAIS BRUTOS –

 

 

ANIMAIS DOMESTICADOS –

 

 

AVES –

 

 

sexta-feira, 31 de julho de 2020

EU NÃO PRECISO DOS SEUS BOIS

 

Um belo Salmo de Asafe descreve o Senhor Deus soberano presidindo a sua assembleia solene:

 

"O Senhor, o Deus Poderoso, convocou a humanidade.  
Ele convoca os céus e a terra
"
 (Sl 50).

 

Atributos grandiosos e singulares de Deus estão cantados de maneira exuberante em todo o Salmo; na segunda parte (versos 7 a 15), porém, quando o salmista dá voz poética ao próprio Deus, é que podemos perceber quem é o Senhor e como somos distintos dele.

Descrever Deus é sempre logicamente complicado, bem como nossa relação com ele.  Deus é amor (1Jo 4:8) e fogo consumidor (Hb 12:29).  E diante do Senhor não se pode achegar de mãos vazias (Ex 34:20), mas somos convidados a dele receber sem dinheiro e sem preço (Is 55:1-3).

Mas essa ambiguidade é apenas aparente, e Asafe aponta com maestria inspirada quem é o Soberano que rege a solene reunião e como o cultuamos.

Antes de prosseguir, deixe-me lembrar de que no ambiente do salmista a essência do culto consistia no sacrifício de animais em oferta ao Senhor.  E os outros elementos, como a música e os recitativos, apenas ornavam o momento do holocausto.

Vamos então atender à convocação para comparecer diante da assembleia e ouvir a demanda divina, conforme salmodiado.

Tudo começa com a apresentação das credenciais daquele que está demandando a adoração: "Eu sou Deus.  O seu Deus!" (verso 7).  Deus é o que é (leia Ex 3:14 e Is 44:6).

Ele requer adoração pelo que ele é em sua absoluta e íntima essência.  Não há necessidade de outros motivos alheios ao seu próprio ser e existência para que me prostre em oferta e culto.

Segue-se a reprimenda.  Aqueles cultuantes entenderam tudo errado.  Todo o ritual do culto e do holocausto não era uma finalidade em si mesmo.  A adoração não consistia em prover Deus ou alimentá-lo com seus víveres.

O Senhor nem só não tem carências para que precise ser suprido como também ele mesmo é o possuidor de tudo que existe (versos 9-13).  Ele é o criador e dono de tudo e estabeleceu um povo para seu louvor exclusivo (vá ao Sl 24:1 e a Is 43:21).

Quando nos achegamos ao nosso Deus em adoração não o fazemos por que ele seja um coitadinho e precise nas minhas ofertas.  Meus esforços ou minhas ofertas nada acrescentam a um Deus que já é completo em si mesmo.

E nesse ponto parece escorrer uma pitada de ironia bem humorada - alegria e bom humor também são características divinas essenciais.

— Eu conheço cada passarinho silvestre!

— Todos os bichos da fazenda e do campo estão no meu inventário!

— Fala sério, se eu tivesse fome, você acha que eu lhe diria?

— Realmente, eu não preciso dos seus bois!

Então, por que e como devo ofertar o holocausto?  Em que deve consistir minha adoração? Qual a razão da minha liturgia e do meu culto? 

E a resposta está cantada ao longo do Salmo:

 

"Tragam a Deus oferendas de gratidão.
Aclamem a sua glória. Pois é isso que o honra.
E sua salvação será revelada a vocês
"
(Sl 50)