terça-feira, 27 de junho de 2023

O PREÇO DO DISCIPULADO



Quem quer que seja que não carrega a sua própria cruz
e
[então] me segue,
não tem capacidade para ser meu discípulo.
(Lc 14:27)

 

Como grandes multidões seguiam a Jesus, atraídas por suas histórias e milagres (Lucas observa isso em Lc 14:25), então ele precisou interromper suas narrativas de parábolas para advertir de maneira direta sobre o preço do discipulado.  Depois ele retomaria o mesmo método.

Jesus se mostrou preocupado com as verdadeiras intenções daquela multidão que o seguia.  O evangelho do Reino que ele estava anunciado e para o qual estava separando e treinando discípulos não era algo baseado em entretenimento ou distribuição farta de benesses e bênçãos físicas ou espirituais, mas uma relação de comprometimento e responsabilidade.

Para tanto, Jesus deixou bem claro que para segui-lo era preciso fazer escolhas, e estas nem sempre fáceis.  Assim ele falou em escolher entre a família ou própria vida e seguir a Jesus (leia Lc 14:26).  Não que família e a vida sejam um mal em si que atrapalham o discipulado, mas elas não podem ter primazia no Reino de Deus.

Na mesma linha, Jesus também falou em renúncia própria – tomar a cruz (veja Lc 14:27 e também Lc 9:23-27) – o que significa estar disposto a levar o discipulado às últimas consequências, se preciso for.

Contudo, Jesus também deixou claro que segui-lo não pode ser resultado de uma decisão sem a devida reflexão (atente para as comparações de Lc 14:28-32).  Seguir o evangelho do Reino requer decisões refletidas e tomadas com consciência e responsabilidades, pois implicam em resultados para vida toda.

(Extraído da Revista: "Lucas" – Editora Sabre)

 

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