Agora que estamos encerrando esse ano de 2021, permita-me publicar um salmo nos moldes do 137: como cantaremos nessa terra estranha?
Ó Altíssimo! Tu és bom.
Teu amor indizível vai além das circunstâncias.
Mesmo com os olhos marejados,
não nos esqueceremos de ti.
Mas, como te cantaremos nessa noite que parece não ter fim!?
Como te bendiremos em meio a esses rumores de morte!?
Tu que és a própria vida.
A COVID traz morte,
mas a negação do cuidado e prevenção a agiganta.
A fome de nossos irmãos nos mata por dentro
e a ganância de uns nos fere a todos.
O gesto famigerado e anticristão da arminha no dedo convida à morte.
E só o crucificado para se apiedar de nós.
As fakes news espalham a morte.
Mas o silêncio da verdade é cúmplice delas.
O aborto gera a morte inocente.
Assim como a maternidade e a infância vilipendiadas.
O isolamento nos consome.
Pior é a insensibilidade.
O desmatamento para o agronegócio nos asfixia,
e a carestia e o desemprego embota a esperança.
A retidão está ausente,
e a justiça comprada a dinheiro.
Sem educação, saúde ou dignidade o povo perece.
O sexo irresponsável escancara o egoísmo dessa geração.
Mesmo que se use o argumento do amor.
Mulheres estão morrendo por quem as deveria amar
e nossas crianças abusadas por quem as deveria proteger.
As famílias se diluem,
pois os modelos e parâmetros nos envergonham.
E ainda, púlpitos se vendem
e já parece escassa alguma voz profética.
Todo isso fede a morte,
pois está preso pelos grilhões do pecado.
Sim. Tudo isso é pecado.
A esquerda sem Deus é estéril.
E a direita fanática é sepultura caiada.
Ora. Onde está ó morte a tua vitória?
Onde estão teus grilhões?
Acontece que tragada foi a morte na vitória.
E permaneço crendo que nada disso vai me separar do amor de Deus em
Cristo Jesus.
E nós continuaremos a louvar e adorar ao Altíssimo e Eterno que
conquistou a vitória no madeiro.
Aleluia!
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