Devemos
sempre trazer em nossa memória o texto profético de Isaías 53 que apresenta com
maestria o tema do Servo Sofredor. Não
apenas por curiosidade ou referência teórica.
Mas por que provavelmente não exista em todo o AT um outro texto tão
magnífico e cheio de poesia sobre a dor e o sofrimento do Ungido de Deus e de
como, do sofrimento dele, o Senhor pôde produzir salvação e bênçãos para o seu
povo.
Gosto
de tomar como centro da profecia o verso cinco.
E aqui vai me chamar à atenção o final deste: ... e pelas suas feridas fomos curados.
Um bom resumo para o que é estampado pelo profeta. Convido, pois, a se aprofundar um pouco mais
na sentença para perceber o quanto o Senhor tem a nos dizer e prometer nestas palavras.
Acompanhando
a interpretação que Pedro faz da profecia, sei que Isaías se refere a Jesus na
cruz (confira em 1Pe 2:24). O Servo
Sofredor é Cristo no madeiro. Ou seja,
foi na cruz que se cumpriram os versos desta profecia; lá no seu sacrifício,
Cristo Jesus tomou sobre si as minhas enfermidades (leia o verso quatro). Estou entendendo que Deus não somente tomou
conhecimento que meu corpo, por causa do pecado, está doente e sofre com dores
físicas; Deus levou – carregou – sobre si, como resultado de castigo, as
doenças que me afligem a carne.
Certamente minhas moléstias estiveram cravadas no madeiro maldito.
E o
maravilhoso verso cinco completa que não somente sobre seu corpo estava minha
dor, mas efetivamente no seu sacrifício houve cura para meus males: fomos curados! Sabe o que isso realmente significa? Todas as doenças, grandes ou pequenas, graves
ou agudas que possam me afligir já foram alcançadas pelo poder que provém da
cruz.
Mas me
acompanhe mais um pouco. Se é verdade
que minhas dores já estão cravadas na cruz, então porque ainda doi tanto? Segundo a Bíblia, posso reconhecer duas
respostas que se completam. Paulo aos
Coríntios diz que a tribulação – dor – de agora é momentânea e eu devo passar
por ela na certeza que está produzindo em mim uma glória eterna (veja 2Co
4:17). Isto não é negar uma realidade
incômoda, é pela fé viver a esperança, apesar das circunstâncias (confira
também Rm 8:18).
Vivo
hoje o provisório, e neste momento ainda estou sujeito ao corpo desta morte
(palavras de Rm 7:24). Porém a grande
certeza e glória da profecia é que nenhuma de suas palavras deixa de se
cumprir. Aí eu devo apontar minha
leitura a Revelação final. João ouviu lá
da eternidade uma voz forte que exclamou: Ele
enxugará de seus olhos toda lágrima (em Ap 21:4). Isto são palavras bíblicas e, portanto
verdadeiras (ainda Ap 22:6).
Cristo
levou sobre si as minhas doenças, isto é promessa que começou a se cumprir no
Calvário e para a glória de Deus poderei experimentar a cura completa e
gloriosa quando chegar o grande dia, e disso eu não vou me esquecer jamais: pelas suas feridas fomos curados. Aleluia!
(Extraído do sítio ibsolnascente.blogspot.com em 13/08/2010)