terça-feira, 5 de novembro de 2013

ALGUMAS MELODIAS

Ainda esta semana, antes de dar o horário de desligar o computador, aproveitei para ouvir algumas peças de música clássica (ou erudita – estas definições técnicas deixo para os experts, o que eu não sou!).  Escolhi a princípio de forma aleatória alguns títulos e me deixei levar pela melodia.  Aos poucos me vi direcionado a apreciar árias entre outras peças.
Como disse, não sou especialista em música. Então apenas quero compartilhar algumas impressões sobre o que estava ouvindo – e acrescento aqui algumas informações colhidas na própria internet sobre as peças.  Mas, em todo o caso, se ainda assim você achar que são chatos tais detalhes, esqueça-os e aceite apenas minha sugestão: pare também um pouco e apenas ouça, sem qualquer tese pré-concebida e veja o que a música pode fazer com seu espírito e com suas ideias.
E por que árias?  Aos ouvidos de um leigo como o meu, elas me parecem melodias mais simples, sem perder a capacidade de tocar a alma (eita redundância gostosa!).  Veja estas obras que listei. 
Começo com o Arioso do inigualável J.S. Bach.  O título, que significa "como uma ária", foi dado mais tarde para a peça composta originalmente para solo de cello e que servia como introdução instrumental a "Paixão Segundo São Mateus".  É uma música suave e gostosa de ouvir.  Realmente uma boa introdução.
Ainda de Bach, gosto muito da Ária na 4ª corda.   Tocada ao violino, dizem os especialistas que é um desafio ao instrumentista, mas para mim: simplesmente sublime e mais parece uma oração instrumental.
Outra ária sublime é a Meditação para Taïs do francês Jules Massenet.  É a peça que na ópera homônima executa-se no intervalo do segundo ato.  Não conheço a ópera toda, mas a ária é fenomenal.  Seus agudos e suaves (chamam de pianíssimos) parecem querer sussurrar em nossos tímpanos um convite a uma terapia da alma e desintoxicação dos ouvidos.  Dizer que beira à perfeição não seria exagero.
Mais duas peças de Bach: o Prelúdio nº 1 em dó maior – que ficou famoso pela releitura como Ave Maria de Gounod – e a Suíte nº 1 para viola que parece brincar com as notas enquanto é tocada.
Não posso me esquecer da Bachiana nº 5, uma indispensável citação do brasileiro Heitor Villa-Lobos, que é um solo vocal magnífico.
Outras obras: o Concerto para violino nº 3 em sol de Mozart – mais alegre; a Primavera, das quatro estações de Vivaldi – vibrante; o Concerto para violino em mi menor de Tchaikovsky – exige um ouvido mais técnico; ou o Mendelssohn – suave e gostoso, e também a Sonata nº 6 de Paganini – para se ouvir sem compromisso.  E por aí vai...
Está bom, por hora.  Já é uma boa relação de obras.  Fica a sugestão, como disse lá em cima: ouça e perceba o que a música pode fazer com seu espírito e com suas ideias.

Em tempo: a redação primeiramente terminaria no parágrafo anterior, mas como não sou músico na acepção plena da palavra (já disse lá em cima!), resolvi mostrá-la ao Emerson Melo, que não só é um verdadeiro irmão de fé como também um músico de primeira (esse sim, profissional da Orquestra Sinfônica de Sergipe), e lhe pedi sugestões, para não publicar besteiras.  Ele, de bom grado, leu e sugeriu trocar o título e então aí está, já com novo título.  Obrigado, meu irmão, e boa música.

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